Nas entrevistas, antes ou após o jogos, o técnico Itamar Schulle costuma utilizar metáforas ou frases de efeito. Desta forma, expõe ideias e não deixa de transmitir a sinceridade com a qual encara o futebol e o trabalho no clube. No Caxias, o retrospecto do treinador não chega a animar. Pelo menos, no que diz respeito a resultados. E ele sabe muito bem disso.
Neste sábado, às 16h, contra o Macaé, no Rio de Janeiro, o comandante grená buscará, além da improvável classificação, a primeira vitória no comando da equipe.
- Sou um treinador acostumado a brigar pela parte de cima da tabela. Lógico que a gente fica triste e se frustra. Cheguei aqui e aprendi a amar esse clube. Acho que o trabalho, entrega e empenho estão sendo vistos por todos. Porém, no futebol não se ganha a coisa sozinho ou em grupos pequenos. Todos têm de saber das suas responsabilidades e fazer acontecer - destaca.
A principal preocupação do treinador tem sido aprimorar a pontaria dos seus comandados. Nos quatro jogos pelo Caxias, o time marcou quatro gols. O desempenho não seria tão desanimador, mas o desperdício de oportunidades foi fundamental para que a equipe não conseguisse sequer uma vitória nesta reta final.
- Espero que nós possamos fazer os gols que temos perdido. É isso que gera a tranquilidade, que pode trazer a vitória. Me preocuparia se a gente não criasse. O adversário pouco cria, mas tem sido efetivo. Ontem (quarta-feira), foram quase duas horas e meia de treino intenso, de muitas finalizações. É o que a gente pode fazer _ afirma o treinador.
Recuperar o lado anímico dos atletas para a última partida da primeira fase pode ser o grande desafio de Schulle. Por mais que a classificação ainda esteja em jogo, o duelo contra o Macaé também pode significar a permanência ou não de muitos atletas para a próxima temporada. O mesmo vale para o comandante, que quer deixar uma marca positiva no que pode ser a despedida da Série C:
- O futuro do Caxias é formar um grupo forte para o Gauchão e deixar uma base para o Brasileiro. Onde os atletas e a comissão técnica se encaixam? É deixar sua marca. Não vim para cá passear. Minha intenção, logicamente, é permanecer. Mas o futebol é feito de trabalho, seriedade e vitórias. Não fiquei um ano e sete anos no Novo Hamburgo porque o presidente me achava bonito. Fiquei porque tivemos 60, quase 70% de aproveitamento. Aqui o resultado não está vindo e não é a falta da entrega. Outras coisas, por vezes, não acontecem como se imagina.
Para deixar a marca
"Não vim para cá passear. Minha intenção, logicamente, é permanecer", diz o técnico Itamar Schulle sobre seu futuro no Caxias
Comandante busca primeira vitória com a equipe grená sobre o Macaé, neste sábado
Maurício Reolon
Enviar emailGZH faz parte do The Trust Project