Representantes da OAS serão a maioria no conselho de gestão dentro da nova formatação do Juventude

O projeto da parceria envolvendo Juventude e OAS foi apresentado quarta-feira à imprensa. No novo modelo de gestão, a diretoria executiva passa a se chamar diretoria estatutária. Quem irá governar é o novo conselho de gestão, formado por sete pessoas: três representantes do Juventude e quatro da multinacional. A nova configuração comprova que a construtora assumirá a cogestão do clube, com maioria de poder nas decisões a serem tomadas.

A nova configuração influencia diretamente no departamento de futebol. Se antes o setor era conduzido pelo presidente Raimundo Demore e pelo gerente Michel Costa, agora haverá um novo nome no comando.

- Já tivemos dentro do clube uma pessoa chamada Alexandre Barroso e essa pessoa vai existir de novo, indicada pela parceira - adiantou o mandatário.

Barroso chegou ao Juventude em fevereiro do ano passado para assumir o cargo de diretor técnico, indicado pelo Banco BMG, patrocinador firmado na época. Virou treinador após a saída de Picoli. Sob seu comando, a equipe sofreu a histórica goleada de 7 a 0 para o Inter. Depois, passou a atuar como superintendente de futebol, saindo ao final da temporada sem tirar o clube da Quarta Divisão.

Especula-se que o ex-presidente Iguatemy Ferreira Filho assuma a função, mas ele nega que tenha sido procurado. Para esclarecer: o empresário Gilmar Veloz não irá ocupar um cargo na direção mas, na prática, dará as cartas no Jaconi. É dele a empresa que irá gerir as negociações envolvendo jogadores e comissão técnica do profissional e das categorias de base.

Veloz ajudou a intermediar a parceria. Há dois anos, o Juventude aprontou um material de divulgação para distribuir a empresários e profissionais do futebol, buscando captar algum parceiro. Em maio, a OAS procurou Veloz, que de pronto indicou o Juventude. Ali começou-se a alinhavar os investimentos.

- A experiência com a Parmalat nos ajudou muito a atrair essa nova parceria. O pessoal viu que já houve um case de sucesso antes. Passamos no vestibular, agora temos que trabalhar forte em dois anos de faculdade - comparou o vice-presidente Roberto Tonietto.