Com Julinho Camargo acertado com o VEC, baterias do Juventude apontam para Flávio Campos

Um nome com um perfil semelhante ao de Lisca e que possa equiparar o seu trabalho. Esse é o desafio da direção do Juventude durante o mês de novembro. Com Julinho Camargo fora do páreo, a opção que surge com força é Flávio Campos. Nesta terça-feira pela manhã, o grupo de jogadores se reapresenta no Alfredo Jaconi e pega férias até o dia 2 de dezembro.

 Aos 48 anos, Flávio descansa no Rio de Janeiro depois de ser demitido do comando do Lajeadense em 13 de agosto, em meio à Série D do Brasileiro. Com o alviazul, conquistou o vice-campeonato gaúcho ao ficar somente atrás do Inter na soma dos pontos corridos. Tem um perfil nato de liderança e pulso firme, notável ainda na época que calçava chuteiras e atuava dentro das quatro linhas como meia.

- Eu tenho muita vontade de treinar o Juventude, todos sabem da grande relação que existe entre eu, o clube e a torcida. Sou juventudista de coração e, se surgir a oportunidade, se eu for requisitado, irei com grande prazer - declarou Flávio.

Como jogador, o carioca foi um dos protagonistas da centenária história alviverde. Teve papel destacado na título gaúcho de 1998. Com a braçadeira de capitão, ergueu o caneco da Copa do Brasil de 1999. Como treinador, assumiu o Ju em duas oportunidades, sem repetir o brilho que ostentava em campo: logo após se aposentar dos gramados, em 2000, e uma segunda passagem apagada, em 2007.

Em janeiro, chegou a receber uma placa das mãos do presidente Raimundo Demore como forma de agradecimento 'por ter ajudado a construir parte dos 100 anos da história esmeraldina'.

- Não tem nada oficial ainda, acredito que quem deve responder sobre essa situação é o próprio Juventude - desconversou, para em seguida emendar: - O time tem que pensar que seu lugar é a Série A, não é a B e não é a C. Tem que batalhar para voltar a ficar entre os grandes.

Se o quesito para a escolha do substituto de Lisca é a identificação com o clube, Flávio cumpre a meta com sobras. Ele também gosta de dar espaço aos garotos das categorias de base. Seria mais uma chance para os talentos que despontaram durante essa temporada, como os atacantes Ermel e Brenner, o zagueiro Flávio, o lateral Juliano e o goleiro Airton. Se serve como indicativo, o próprio Lisca opina sobre o seu sucessor.

- Vejo alguns profissionais nessa mesma linha minha, mas que não conseguiram ultrapassar a barreira da base para o profissional. O Carlos Moraes é um exemplo, assim como o James Freitas, que poderiam fazer bem esse trabalho. Outros treinadores com perfil é o Flávio Campos, é um cara identificado, que foi campeão e passou bem pelo Lajeadense. O Beto Campos também vem fazendo um ótimo trabalho. A escolha vai ser com calma e tomara que seja nessa linha e dê sequência a esse aproveitamento da base - desejou Lisca, após a derrota por 2 a 0 para o Botafogo, ainda no domingo, na Paraíba.