Picoli afirma que pediu para sair por não conseguir fazer o Juventude jogar mais

Em entrevista coletiva no final da manhã desta segunda-feira, o presidente Raimundo Demore e o técnico Antonio Picoli destacaram os motivos da saída do treinador. Ao final da partida deste domingo, o empate em 2 a 2 com o Canoas, Picoli já havia tomado sua decisão. Segundo ele, uma definição amadurecida. O ex-comandante alviverde não estaria mais conseguindo tirar do grupo o rendimento esperado.

- Saio pela porta da frente. Deixei o clube à vontade para decidir. Agradeço demais ao Juventude pela oportunidade, mas é algo normal. É o fim de um ciclo - destacou o treinador.

Segundo ele, a derrota na semifinal do primeiro turno contra o Novo Hamburgo foi um golpe nas suas pretensões para o Estadual. Na oportunidade, a equipe sofreu um gol aos 46 minutos da segunda etapa e deixou escapar a chance de decidir a Taça Piratini contra o Caxias.

Mesmo com a negativa inicial dos dirigentes após o jogo, em reuniões e conversas durante a noite ficou definido o desligamento do treinador.

Além dele, deixa o clube o auxiliar Fernando Rech. Na quarta-feira, na estreia da Copa do Brasil contra o Operário-PR, o time será comandado por Alexandre Barroso, diretor técnico, nomeado pelo BMG. O patrocinador deve ter papel fundamental na escolha do novo treinador do Juventude. É o que disse o presidente alviverde:

- Será um trabalho em conjunto. Agora temos de sentar e decidir isso o mais rápido possível. Uma das intenções no início da parceria era indicar até mesmo o treinador, mas se viu que o Picoli era o melhor para o momento - afirmou.

A tendência, segundo Demore, é que o novo comandante alviverde seja experiente. Para Picoli, o presidente deixou o agradecimento.

- Ele fez um ótimo trabalho. Terá sempre as portas abertas no clube. O Juventude voltou a ser uma equipe forte. Mas, acredito que pelas circunstâncias, esse seja o momento oportuno para a mudança - definiu.