Especial para o Pioneiro
EGUI BALDASSO
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Quem pensa que a maior decisão da vida da noiva é aceitar ou não o pedido de casamento é porque nunca acompanhou a grande dúvida que vem com a confirmação do noivado. Logo após as primeiras fotos, sorrisos e beijos de quem sabe que irá casar, surge a grande pergunta: qual é o lugar perfeito para isso? E a Serra gaúcha, com toda a beleza, os encantos da natureza, paisagens de tirar o fôlego, gastronomia farta e estrutura cada vez mais preparada para receber visitantes de todo o planeta tem sido a escolha de milhares de casais como destino para o dia mais importante de suas vidas. Ao menos o mais romântico.
E uma palavra, que recentemente foi transformada em sensação, tem sido a grande responsável por ajudar a lotar a rede hoteleira e impulsionar o surgimento de diversos empreendimentos voltados para o turismo: experiência. Há mais de 10 anos no ramo de eventos e casamentos, a empresária Adriane Dall Agnol, 51 anos, uma das pioneiras no mercado e proprietária da Vinícola Marco Luigi, no coração do Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, acompanhou a revolução do setor que viu o formato de celebrações mudar, da água para o vinho, em menos de uma década. As festas que lotavam salões de clubes e comunidades deram lugar a espaços e opções mais intimistas.
Conforme Adriane, a estreia do espaço com os casamentos foi em 2013, quando uma cliente de Porto Alegre a procurou questionando se a casa recebia celebrações. Apesar do sucesso do evento, ainda demoraram pelos três anos para que o panorama se confirmasse.
– Até então, os casamentos eram somente em igreja e em grandes salões. Foi quando percebemos as oportunidades que tínhamos e resolvemos transformar a vinícola também num espaço de eventos. A partir de 2016, começou a procura em larga escala. Hoje, 90% das nossas atividades são para casamentos.
O crescimento foi tanto que o centro de eventos da empresa, projetado para comércio e negócios, rapidamente virou opção para celebrações. A vinícola atende a festas mais intimistas, com um número menor de convidados. E o centro de eventos recebe os de maior porte.
A evolução da cidade permitiu o crescimento das cerimônias. Segundo Adriane, a região cresceu em estrutura, fornecedores e qualidade dos serviços.
– Aqui, apenas 3% dos noivos trazem gente de fora para trabalhar. Todo o restante fica concentrado na Serra, movimentando a economia local – avalia.
Cada cerimônia envolve cerca de 30 diferentes segmentos.
– A tendência é de crescimento. 2023 começou aquecido, com procura e agendamentos até para daqui dois anos – diz.
E quem procura a região para casar acaba optando por aqui. A margem de confirmação é de 70%, conforme dados da Marco Luigi. E o vinho tem papel fundamental nisso. Além dos belos cenários e da gama de alternativas para lazer, a experiência com a bebida e os passeios com degustação que outros lugares não têm pesam em favor da Serra.
Na opinião de Adriane, o vale ocupa metade da motivação dos turistas que casam aqui. A outra metade quem garante são as vinícolas. Isso explica a quantidade de visitantes de fora do Rio Grande do Sul casando na vinícola, que hoje chega a 95% do total. No ano passado, os espaços receberam cerca de 60 casamentos. Número que deve ser batido em 2023 com folgas.
– Eu quero que o cliente volte para o seu Estado contando que tudo foi perfeito, para que outros voltem. Disso eu não abro mão. Nós apostamos neste mercado, e hoje somos uma referência no Vale dos Vinhedos – diz.
Celebrações ao ar livre e com vista para as montanhas
Na subida da Serra, antes de chegar em Farroupilha, quem se aventura pela Linha Boêmios logo depara-se com outro local que vem aproveitando a agenda lotada de casamentos da região. A La Casa Piemont, conduzida pela proprietária Daniela Menti, 29 anos, apostou nas celebrações com vista para as montanhas e o jardim para eventos ao ar livre para atrair quem busca a descontração que o formato proporciona.
Mesmo prejudicada por ter inaugurado as atividades às vésperas da pandemia, e tendo esperado quase dois anos para realizar o primeiro evento, Daniela afirma que o momento recente de incerteza foi superado e o mercado está superaquecido. Prova disso sãos os contínuos investimentos e as ampliações que a casa tem feito nos últimos meses, tudo para suprir a demanda exigida.
– Foram muitos cancelamentos e remarcações desde que abrimos. O primeiro evento ocorreu em agosto de 2021, e de lá para cá são raros os finais de semana de tempo bom sem agendamentos em sábados e domingos – aponta.
Durante todo o ano de 2022, a casa recebeu 32 casamentos, sendo 12 de casais de outros Estados e países. Para 2023, até o momento, já são 24 confirmações.
Leveza na recepção, fotos ao pôr do sol e um local descontraído para reunir as pessoas mais importantes. Os pilares que chamam as pessoas para o atual formato de celebrações são reforçados pela falta de burocracia que outras alternativas apresentam. Além disso, segundo Daniela, o fato de fazer a cerimônia no mesmo local da festa, sem a necessidade de deslocamento, agrada os casais. Para a empresária, a máxima de quem ninguém mais tem optado pela união a dois não se comprova na prática.
– Ao contrário do que dizem, que ninguém mais casa, eu posso dizer que é exatamente o contrário. Felizmente, tem muita gente casando o tempo todo.
Outro ponto abordado por Daniela para explicar o avanço da região no mercado de casamentos é a localização privilegiada, que beneficia a Serra pela proximidade entre os municípios e a diversificação de atividades. A forte rede hoteleira e a oferta de profissionais fortalece o setor. Em um evento médio de 130 convidados na La Casa Piemont, por exemplo, são necessários de 25 a 30 pessoas trabalhando, a maioria das cidades vizinhas. O bom momento, contudo, ainda exige mais de quem quer ingressar ou se manter no ramo.
– Ainda tem espaço para mais profissionais, de todos os meios. Não é um segmento fácil, e requer muita entrega. É preciso virar a noite, perder fim de semana. A relutância de muita gente com isso causa uma rotatividade importante, e é neste sentido que muitos ainda podem crescer – acredita.
Cerimônia no Brasil com ares da Toscana
Casar em um local parecido com a Itália, em meio ao clima europeu, com direito a um cenário de filme que arrebata até os corações mais gelados. Foi essa a expectativa que fez os empresários Gabriela Floriani, 35, e Vinícius Portugal, 41, pegarem o avião no Rio de Janeiro e desembarcarem no Rio Grande do Sul para a cerimônia realizada em maio de 2022, na Casa Valduga, no Vale dos Vinhedos.
O relacionamento, que começou justamente com aeroportos como pano de fundo, já que moravam em Estados diferentes, não encontrou dificuldades em ter seu ponto alto longe de casa, com família e amigos vindo para Bento Gonçalves para aproveitar um fim de semana inteiro de atrações.
– Escolhemos a Serra gaúcha, pois o meu sonho sempre foi casar na Toscana. Queríamos um cenário bucólico, onde tivessem vinícolas, um clima gostoso, e pudesse ser uma viagem de lazer para os convidados – aponta Gabriela, comparando a região ao cenário italiano.
Entre os motivos pela decisão de se casar na Serra, a empresária confirma que a infraestrutura pesou muito, por ser um lugar em que os convidados encontrariam facilidade para hospedagem, translado e demais serviços. A seleção dos profissionais que trabalharam em toda elaboração e execução da cerimônia foi um dos principais desafios do casal, que seguiu muitas indicações da cerimonialista contratada. Em relação à entrega, Gabriela pontua que, na maioria, foram bem atendidos.
– Podemos dizer que foi um misto. Tivemos a imensa felicidade de conhecer profissionais maravilhosos, como o celebrante, o cantor da cerimônia, entre outros. Mas também tivemos algumas surpresas não tão bacanas com outros profissionais. Mas, no geral, acertamos mais do que erramos.
A experiência vivida foi a principal lembrança levada na bagagem de volta para casa. Entre os tantos elogios recebidos, um deles foi ter proporcionado uma das cerimônias mais emocionantes que alguns convidados já viram na vida.
– Muitos nunca tinham ido para o Vale dos Vinhedos, e saíram apaixonados pelo que viram. Com certeza, a escolha seria essa novamente, se fôssemos casar amanhã. A atmosfera é diferente, tornou não só o dia especial, mas o fim de semana inteiro. Olhar as fotos e vídeos deste dia nos dá ainda mais certeza de que o lugar escolhido foi o que de fato procurávamos para deixar este momento inesquecível – complementou.
Vale dos Vinhedos é uma aposta
Quem for convidado para algum casamento no Vale dos Vinhedos em 2023 tem grandes chances de esbarrar com a cerimonialista Vanessa De Conto Somenzi, 42, correndo atenta e resolvendo os últimos detalhes antes da entrada do cortejo, no aguardo da noiva. Moradora de Bento Gonçalves, atua há 14 anos no setor. A experiência adquirida nos mais de 300 casamentos organizados começou com a aventura de realizar o dela mesmo, praticamente sozinha, o que a fez perceber uma oportunidade.
E a responsabilidade aumentou a partir do nível de exigência que o segmento enfrenta com a alta procura de todo o Brasil, e a necessidade de atender as expectativas de noivas e noivos quase sempre ansiosos e encantados pela Serra. Para Vanessa, o fator principal é o charme e a beleza dos vinhedos, as vinícolas e a qualidade dos vinhos e espumantes, além da culinária local. Mas o que atrai a paixão e os olhares das noivas são as belíssimas paisagens do Vale, que remetem aos casamentos da Toscana, na Itália.
– Com o passar dos anos, a busca pelo Vale dos Vinhedos como destination wedding aumentou consideravelmente, o que levou ao aperfeiçoamento do turismo da região, o aumento da oferta de serviços e fez com que vinícolas e rede hoteleira investissem em espaços. Hoje, quando os casais visitam a Serra, partem com a certeza de que será aqui o grande dia – enfatiza.
Vanessa ainda aponta os Altos de Pinto Bandeira e os Caminhos de Pedra como outros pontos bem avaliados.
A conexão com a noiva e se colocar à disposição para todos os desafios é o que mais preocupa Vanessa. Entre os tantos episódios marcantes, ela lembra de uma cerimônia que estava marcada para 28 de março de 2020, ano da pandemia. Com tudo marcado, a noiva sonhou que precisava antecipar. Ao contatar a cerimonialista, ficou definido a troca, o que acarretou também na alteração de local e de muitos dos fornecedores.
– Acabou sendo tudo muito lindo, mesmo com todas as mudanças. Quando a pandemia iniciou, e tudo fechou no começo de março daquele ano, a noiva me ligou, aliviada por ter trocado – relembra.
Mergulhar nos anseios dos noivos e encarar algumas loucuras seguem no pacote da profissão.
Conexão Estados Unidos-Serra
Quando o engenheiro brasileiro Christian Reichert, 28 anos, pediu a ex-colega de faculdade, amiga e namorada, a americana Elizabeth Livingston, 27, em casamento, em Chicago, no fim de 2021, jamais imaginou que a Serra seria cenário para a união do casal quase um ano depois.
Residentes em Ann Arbor, no estado americano de Michigan, próxima a Detroit, o casal teve a primeira cerimônia do enlace no jardim Café Brauer, em Chicago, em junho do ano passado, e contou com motivos judaicos, devido à religião e à cultura da noiva e família. Mesmo com a emoção do grande dia e as juras de amor, respeito e fidelidade feitas em inglês, faltava alguma coisa: um pouco de português e brasilidade nesta história.
Para que o sentimento dos dois fosse abençoado por todos presencialmente, avós e demais parentes do Christian faziam questão de ter uma celebração para chamar de sua. Naturais do município de Feliz, os Reichert escolheram o Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, como destino para a confirmação dos votos e, porque não, um segundo casamento em menos de um ano. A festa foi no Centro de Eventos Marco Luigi.
– Eu queria que a Liz conhecesse a minha cultura, os costumes da minha família, desde as lugares e paisagens à gastronomia, nosso churrasco e nossos vinhos. Como queríamos mostrar algumas das melhores partes do Brasil a ela, os pais e a irmã, que viajaram para lá só para isso, nada melhor do que a Serra, que concentra tudo isso – revela o noivo.
Nascida em Los Angeles, na Califórnia, Elizabeth talvez nunca tenha sonhado em dividir os votos com o futuro marido no interior do Rio Grande do Sul, em meio a parreiras e aproveitando o pôr do sol do Vale. Ainda mais em uma língua que ainda luta para dominar.
– Contei com a ajuda de um amigo para traduzir tudo para o português, mas claro que precisava falar tudo que sinto pelo Chris na língua da família dele, para que todos ali soubessem o quanto ele me faz bem e tudo que representa na minha vida – enfatiza, ainda sob os efeitos dos belos dias vividos.
Passada a missão casamento, Christian foi o anfitrião para os estrangeiros em diversos outros locais turísticos da região. Estiveram no Caminho das Pedras, entre Bento e Farroupilha, Gramado, Canela e Feliz.
– Voltamos para os Estados Unidos com uma impressão ótima de tudo. Bom atendimento (especialmente no casamento), povo acolhedor, paisagens lindas, lugares arrumados, sem falar na beleza natural da região. A Serra é linda, relaxante, cheio de lugares interessantes. Com certeza, repetiríamos.
O que faltou na viagem foram os gatos do casal Zuko e Bumi, que ficaram em casa aproveitando o frio do dezembro americano. Quem sabe na próxima visita a dupla também conheça os encantos da Serra.
Cerimonialista por convicção
Depois dos noivos, a figura mais importante da cerimônia é quem auxilia para que nada passe batido e nenhum detalhe fique de fora em um evento com tanto envolvimento e, claro, investimento. Não à toa o papel da cerimonialista, hoje em dia, é tão concorrido e a agenda de quem trabalha nesta profissão costuma estar cheia. Olhos e ouvidos das expectativas da noiva em ação. É como a cerimonialista de Farroupilha Tahís Fabbro Madeira, 42, traduz sua atuação nos casamentos que realiza desde 2014, com foco em toda a Serra gaúcha.
O início inusitado, vindo de um convite de um cliente de outra área, mostrou que tinha as características que o mercado demandava, com a visão e o bom gosto que arremataram os futuros contratantes. Os trabalhos consecutivos colocaram Tahís nos principais espaços de eventos da região, organizando celebrações para casais de todo o Brasil.
– A Serra como destination wedding tem recebido casais de todos os lugares. Pernambuco, Roraima, Tocantins, Maranhão, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, sem contar o exterior, são alguns exemplos de lugares que têm vindo para cá para buscar casamentos mais íntimos e com mais significado – avalia Tahís, que também ressalta o apreço pelo vinho e a enogastronomia como fatores essenciais na hora da decisão.
Tudo isso somado ao efeito pandemia e a procura por locais abertos que impulsionou ainda mais a corrida por festas rodeadas pela natureza local.
Responsável pelo planejamento e execução da cerimônia de Elizabeth e Christian, no Centro de Eventos Marco Luigi (foto acima), no Vale dos Vinhedos, Tahís aponta a oportunidade de mostrar para o mundo inteiro o quão preparada a região está para receber eventos de qualquer porte.
– Sempre que encaramos este tipo de desafio, temos a chance de entregar para noivos e convidados o melhor que temos em infraestrutura e serviços, e o quanto estamos bem cotados nestes quesitos. Aquela ideia que muitos têm, que irão encontrar um país subdesenvolvido, não se confirma e, ao contrário, veem uma região superdesenvolvida e com condições para receber a todos da melhor forma possível – afirma.
O intercâmbio cultural e as trocas também são lembrados pela cerimonialista:
– É preciso estar preparado para as oportunidades, e que bom que nós estamos.
A fotografia captando emoções
Contar uma história por meio das imagens, dar emoção aos momentos da cerimônia. Tudo isso com naturalidade e verdade. É o que os casais desejam, segundo o fotógrafo de Caxias do Sul José Zignani, 46. À frente do estúdio que comanda desde 2000, tem um público bem definido praticamente na sua integralidade da Serra. De acordo com o profissional, 80% dos clientes são da região e têm impulsionado o segmento da fotografia em virtude dos eventos, principalmente de casamentos.
Depois de cerca de 800 uniões registradas, o estilo já está mais do que consolidado e passa de cliente para cliente graças às indicações que, segundo ele, seguem como principal ferramenta de divulgação do trabalho.
– Já chegamos a fazer 50 casamentos por ano, folgando um ou outro sábado. Quando um cliente sai satisfeito, acaba indicando. Claro que Instagram e as redes ajudam nos dias de hoje, mas a indicação ainda é o principal fator – afirma.
E essas indicações também são uma realidade dentro da própria rede de fotógrafos e demais serviços envolvidos nas cerimônias e festas. De acordo com Zignani, quem trabalha no setor acaba exercendo uma função de solucionador de problemas do consumidor, buscando alternativas muitas vezes nos concorrentes e colegas para facilitar uma agenda.
Apesar da força que os casamentos representam em termos de receita, Zignani ressalta que a pandemia fez todos se reinventarem, e encontrarem outras alternativas para diversificar a atuação.
– Antes da pandemia, os casamentos representavam até 80% do nosso faturamento. Com o impedimento de fazer eventos, avançamos nos retratos e trabalhos corporativos, e hoje já equilibramos a balança, com os casamentos atingindo cerca de 60% – revela.
Uma opção pelo conforto
Entre todas as possibilidades levantadas no processo de escolha do local que receberia o tão aguardado casamento dos médicos caxienses Thairine Reis de Oliveira e Giorgio Canuto, apenas uma certeza: família e amigos precisavam estar presentes, e ter facilidade no deslocamento.
Foi com este pensamento que, em outubro de 2022, a Vinícola Luiz Argenta, em Flores da Cunha, foi palco da cerimônia que marcou para sempre a vida do casal. Com serviços exclusivamente da região, diversos profissionais prepararam uma celebração e festa da forma que os noivos demandaram, respeitando as características solicitadas.
– A minha família é de Galópolis, por isso queríamos algo que abordasse a origem, como a ligação com as vinícolas. Como eu e a Thairine éramos frequentadores da Luiz Argenta e sempre achamos o lugar lindo, a escolha foi automática – diz Giorgio.
A comodidade de todos os convidados poderem ir ao evento e retornarem para casa na mesma noite foi um dos principais argumentos que pesaram na decisão. Depois de cogitarem espaços em outras localidades da Serra e do Estado, a opção por Flores da Cunha acabou prevalecendo.
– Todas as pessoas que contratamos eram daqui, e entregaram muito mais do que imaginamos. Decoração, flores, celebração, organização, músicos. Tudo ficou facilitado devido ao conforto de fazer perto de casa. Planejamos tudo separadamente com cada um e, no dia, com um clima perfeito, céu azul, tudo funcionou perfeitamente. Casaríamos lá outras mil vezes – aponta Thairine.
Assessoria para quem é de casa
A cerimonialista Marcele Pulita, 36, trabalha com o mercado de casamentos desde antes de formar-se em Relações Públicas, pela Universidade de Caxias do Sul. Com 11 anos de dedicação ao mundo dos eventos, o carro chefe da carreira tem sido realizar os sonhos de noivos e noivas caxienses, onde quer que inventarem. E boa parte das aventuras tem sido nos jardins de casa, a Serra gaúcha.
Já que uma das principais funções da assessoria de casamentos é buscar soluções descomplicadas para os casais e entender o perfil do mercado em que se atua, Marcele concilia as alternativas que a região oferece com os anseios de quem quer promover uma experiência inesquecível. É neste sentido que elenca a cultura pelas origens, a religiosidade, o gosto de celebrar momentos felizes em grandes grupos e por facilitar a vida dos convidados como, por exemplo, os avós, entre as explicações pela preferência dos moradores de Caxias e região por opções locais. A farta gastronomia, a alta produção de bebidas de padrão internacional e a geografia da Serra também ficam no radar.
Apesar do crescimento das celebrações ao ar livre, como uma tendência mais contemporânea, Marcele confirma que o tradicional ainda tem seu público cativo.
– O clássico ainda segue em alta. Cerimônias tradicionais nas quais os noivos desejam de alguma maneira atender a um sonho dos pais. Porém, há também o formato mais atual, com a presença de um celebrante, que discorre especificamente sobre a personalidade de quem ele está abençoando. Não se segue uma cartilha nessas celebrações e, sim, se conta a história do casal. Um evento pode ter tudo que há de melhor (gastronomia, atrações, bebidas) porém o que é sempre lembrado é a emoção vivida. O amor só tem graça quando é real.