A retirada da substituição tributária na cadeia do vinho está sendo celebrada pela indústria do setor. No entanto, diferente do informado inicialmente, a medida deve surtir pouco ou nenhum efeito ao consumidor.
Na última semana, o superintendente do Grupo Miolo, Adriano Miolo, e o presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), Deunir Argenta, declararam ao Pioneiro que o fim da substituição tributária na cadeia do vinho reduziria até 20% o preço final do produto ao consumidor. A projeção, no entanto, é negada pelo presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Oscar Ló.
— Na nossa avaliação, o impacto ao consumidor não existe. Não há redução de tributação, é simplesmente uma alteração da fórmula de cálculo. O benefício está na necessidade menor do capital de giro nas vinícolas, mas a cadeia a tributação continua a mesma — avalia Ló.
Ainda assim, ele reconhece que pode haver alguma redução no preço final ao consumidor, caso a indústria utilize o capital de giro em investimentos. Todavia, a diminuição não seria considerável.
— Pode ter impacto no produto final, mas seria muito pequeno, e isso se a empresa utilizar o valor (remanescente da alteração) em processos que beneficiem toda a cadeia e possam baratear o produto lá na ponta — comenta.
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