Com 20 horas de programação, o evento Mind7 promete uma experiência imersiva no universo de startups entre os dias 17 e 18 de maio, nos Pavilhões da Festa da Uva, em Caxias. Estão confirmadas mais de 100 empresas e cerca de 20 fundos de investimentos e aceleradoras do País, que vão interagir entre mais de 50 palestras, feiras e negociações. A expectativa é de que mais de 1,5 mil pessoas prestigiem o evento.
— Nossa ideia é proporcionar às pessoas que conheçam novos modelos de economia. Buscamos também fortalecer a conexão entre as startups e as grandes empresas. Considerando que mais de 90 startups estarão expondo seus produtos, acredito que a conexão vai acontecer naturalmente — avalia Rafaella Bertotto, representante do Acelera Serra, entidade que realiza o evento.
Uma das atrações previstas é a realização de um "pitch inverso". Um pitch se trata de uma apresentação curta (geralmente entre 3 e 5 minutos) que startups fazem de seus produtos para investidores. A diferença, desta vez, será que investidoras é que apresentarão as suas demandas às startups.
— As cerca de 20 investidoras têm em torno de R$ 150 milhões em ativos para investimento. No Mind7, elas (investidoras) que vão apresentar às startups o que elas querem e onde vão investir esse recurso — destaca Rafaella.
E complementa:
— Também é o caso de que se alguma startup não estiver exatamente no perfil da demanda poderá se apropriar do que as empresas buscam, e se adequar a isso.
Entre participações de destaque estão o Fundo Bossa Nova, considerado um dos maiores do país, cujo CEO, João Kepler, também será um dos palestrantes do evento. A renomada aceleradora Darwimaisn, de Florianópolis (SC), e Renato Freitas, fundador da 99, também foram confirmados no Mind7.
ATRAÇÕES
:: 3 palcos de conteúdo
:: Mais de 50 palestrantes
:: Concurso de Startups: Sebrae Like a Boss
:: Startup Day do Sebrae - evento nacional dentro do Mind7 Startup
:: Pitch Inverso
:: Feira de Startups
:: 1ª Feira de Fundos de Investimento Anjo e Aceleradoras do Brasil
:: Feira de Negócios
Conectar para expandir
Mais do que se se inteirar do universo e do mercado startup, o Mind7 servirá de vitrine. Além de expor seus produtos e empresas, empreendedores poderão estabelecer contatos e parcerias. No evento, Ana Lúcia Brancher estará expondo a sua startups Trade Brazil justamente em busca de conexões para expandir o negócio.
— A nossa expectativa é a melhor possível. Aderimos ao Mind7 porque hoje temos clientes, estamos com O produto rodando e agora estamos na fase de buscar investidores. Vai ser um grande painel para vermos investidores no mercado e eles nos verem — destaca.
A Trade Brazil existe desde abril de 2018. Funciona como uma espécie de catálogo digital, onde empresas da indústria se vinculam para serem projetadas ao marketing digital do mercado exterior.
— Funcionamos como um Google da indústria. Um "concorrente" nosso, poderíamos dizer, é o Alibaba (plataforma chinesa de e-commerce), com a diferença que buscamos um tratamento mais específico de cada empresa. Uma vez que temos o cliente, desenvolvemos um filtro para que ele atraía interesses comerciais compatíveis com o negócio — explica Ana Lúcia.
Segundo ela, a ideia surgiu de um nicho no mercado por uma plataforma que servisse de projeção para empresas de pequeno e médio porte do setor industrial no País.
— O Brasil responde apenas por 1% do montante do comércio exterior mundial. Pensa que uma potência como o Brasil tem apenas 1%. Percebemos que faltava uma ferramenta que as empresas pudessem fazer promoção ao comércio exterior e que fosse acessível, barata e mundialmente aceita — ressalta.
Nicho é o que não falta...
Apesar dos poucos meses em atividade, a Trade Brazil já conta com 15 clientes. Porém, na perspectiva de Ana Lúcia Brancher, há um nicho muito maior a ser explorado pela empresa.
— Estimamos que existam 300 mil empresas no País que sejam compatíveis ao nosso negócio. Por isso, a ideia é projetar a Trade, e eventos como o Mind7 são importantes para isso. Queremos estabelecer bastante networking (no evento) e ter uma forte divulgação do negócio.
Ela ainda ressalta que ao aderir ao modelo startup, se surpreendeu com o mercado já consolidado na região.
— As relações deste mundo me surpreenderam. Há muita troca, ajuda mútua. E a Serra tem perfil cultural empreendedor e isso tem tudo a ver com os negócios das startups, pois é uma metodologia mais fácil e rápida de desenvolver os negócios.