A previsão para a colheita da maçã neste ano é de 430 mil toneladas no Rio Grande do Sul. Conforme o presidente da Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã (Agapomi), Eliseu Zardo Boeno, essa estimativa é tomada com base em informações de produtores que já iniciaram a colheita. Ele ressalta que esse valor ainda é inicial e depende do que ocorrerá ao longo da safra, principalmente em termos climáticos. A colheita está na média dos últimos anos, e é menor que a do ano passado, quando ocorreu uma safra cheia, de 511 mil toneladas.
O maior volume da safra se estende até meados de maio, com o encerramento da colheita da variedade Fuji. No momento, a Gala já está sendo colhida, mas de forma inicial em Vacaria, que produz metade da maçã do Estado. A abertura oficial da colheita ocorreu no último sábado no município na Estação Experimental da Embrapa. Ao contrário do que ocorre na safra da uva, que está antecipada, Boeno informa que o cronograma da maçã está dentro do normal.
O presidente da Agapomi estima que o volume já extraído não supere os 4%. A maior intensidade da colheita da Gala é esperada a partir da semana do dia 05 de fevereiro, com o trabalho mais forte se mantendo nas duas semanas seguintes.
Até o momento, Boeno informa que a qualidade da maçã está dentro da normalidade, apesar das chuvas das últimas semanas. Com o clima mais úmido, a preocupação é com doenças como a "Glomerella", que também ataca as uvas. Outro fator que pode interferir na safra é uma eventual queda de granizo. Mas até agora, não houve registro relevante de estragos.