O setor malheiro da Serra vem contabilizando prejuízos por conta das temperaturas elevadas nos meses de outono e inverno. De acordo com o vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e Malharias da Região Nordeste do Rio Grande do Sul (Fitemasul) o impacto maior é na pronta-entrega. Segundo Elias Reginato Biondo, a estimativa de queda no varejo das malharias é de até 30% na comparação com o mesmo período do ano passado, que foi um ano com inverno típico, ou seja, frio e contínuo. Nas vendas de atacado, os pedidos caíram em torno de 15%. As informações são da Gaúcha Serra.
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– A indústria sofreu um pouco menos, porque o pessoal comprou mais no início do ano, já que faltou mercadoria no ano passado e, desta vez, os lojistas se precaveram – aponta o representante do sindicato das malharias.
Mesmo que volte a esfriar, Biondo acredita que dificilmente a pronta-entrega consiga recuperar o prejuízo, porque a maior parte das datas comemorativas do período já passou, como o Dia das Mães e o Dia dos Namorados.
Cladir Bono, presidente do Sindilojas de Farroupilha, uma das cidades com maior número de malharias da Serra, disse que para os comerciantes a venda de inverno já terminou. Eles já estão mudando as vitrines para itens de meia estação. Com este aquecimento, os lojistas que visitam a cidade para se abastecer não tem vindo mais, diminuindo o movimento de ônibus e excursões, segundo Bono. O prejuízo estimado pelo Sindilojas de Farroupilha é entre 30 e 40% no comércio em geral.