A produção da Marcopolo, acompanhando a retração nacional no setor de ônibus, caiu 33% no primeiro quadrimestre deste ano. O segmento rodoviário e Volare (miniônibus) foram os mais atingidos no período, com quedas respectivas de 32,7% e 57%. A informação é de Ruben Bisi, diretor do Negócio Ônibus Marcopolo.
O executivo palestrou no seminário Perspectivas Econômicas para 2015 e 2016, que foi realizado pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs). O encontro desta quinta-feira contou com palestras sobre o cenário geral, além de projeções para ramos específicos, como de implementos rodoviários, ônibus, tratores e eletroeletrônicos.
Conforme Bisi, o país vive uma crise política e de credibilidade, além de econômica. O executivo ressalta que tem gente com condições de comprar, mas que prefere esperar para investir.
- Essa é provavelmente a pior crise do mercado brasileiro - analisa.
De 2013 para 2015, segundo o diretor, a Marcopolo cortou 16,5% dos funcionários em decorrência da retração. O número representa uma queda de 1,3 mil trabalhadores.
- Nosso dilema hoje é como sobreviver mantendo os nossos fornecedores e parceiros. Estamos em uma época de ajustes, redução de despesas. E vale lembrar: não é a Marcopolo que está sacrificando custos, é o mercado - destaca Bisi.
Perspectivas econômicas
"Essa é provavelmente a pior crise do mercado brasileiro", aponta diretor da Marcopolo
Ruben Bisi palestrou em seminário do Simecs nesta quinta-feira
GZH faz parte do The Trust Project