Além de econômica, a crise que o Brasil passa atualmente é política, moral, ética e de credibilidade. A opinião é de Heitor José Müller, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), que esteve nesta segunda-feira na reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC). O executivo palestrou sobre o tema O Brasil que temos e o País que queremos.
A indústria, destacou o executivo, passa pela situação mais preocupante. Atualmente, o setor produz os mesmos números de 10 anos atrás.
- A indústria está andando de lado, sem crescimento - exemplificou.
A situação do Rio Grande do Sul, ressaltou o executivo, é ainda mais complicada do que a do restante do país, já que o Estado também passa por uma crise de finanças. Segundo Müller, cada gaúcho já nasce hoje com uma dívida de R$ 6,8 mil.
- O Estado gasta 75% da renda com o pessoal e 13% vai para o governo federal. Veja só o pouco que sobra para saúde, educação, infraestrutura - analisou.
Apesar do cenário preocupante, o executivo mostrou otimismo ao afirmar que "as crises passam, mas o empreendedorismo fica". Ele destacou ainda que as melhorias precisam passar pela modernização da infraestrutura gaúcha, pela redução da burocracia e também por investimentos de longo prazo.
- O Brasil que queremos é uma nação com equilíbrio nas contas públicas e que o entendimento das potencialidades seja a base dos investimentos. É preciso ainda dar mais apoio à indústria: onde tem indústria, tem crescimento.
Competitividade
"As crises passam, mas o empreendedorismo fica", destaca presidente da Fiergs, em Caxias
Heitor José Müller falou sobre O Brasil que temos e o País que queremos
Ana Demoliner
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