Economia de Caxias em janeiro fecha com queda de 8,6%

Os índices negativos que nortearam a economia de Caxias durante todo ano passado seguem presentes em 2015. Em janeiro, o desempenho da cidade fechou em queda de 8,6% em relação a dezembro. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a baixa foi ainda mais expressiva e ficou em 10,1%. Os dados foram apresentados na tarde desta quinta-feira e fazem parte do levantamento mensal da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) e da Câmara de Dirigentes Lojistas de Caxias do Sul (CDL).

O comércio foi o setor que mais caiu em janeiro, com queda de 37,5% em relação a dezembro. Na comparação com o primeiro mês do ano de 2014, a queda foi de 22,9%. A assessora de Economia e Estatística da CDL, Maria Carolina Gullo, destaca que janeiro normalmente é um mês fraco na comparação com dezembro em função de ser o mês pós-Natal, mas que a baixa deste ano é fora do comum.

- Uma queda dessa magnitude surpreende. Este ano está conseguindo ser pior do que 2014, já que os índices do ano passado já eram negativos em relação a 2013 e agora a tendência continua - explica.

A indústria teve leve queda de 0,5% na comparação com dezembro. Na comparação com janeiro do ano passado, porém, os índices do setor foram todos negativos de forma mais expressiva: 18,2% nas horas trabalhadas, 17,7% nas vendas industriais, 8,2% na utilização da capacidade instalada e 11,9% no desempenho geral.

Serviços foi o único setor que não caiu na comparação com janeiro passado e apresentou um pequeno aumento de 0,4%. Na comparação com dezembro, porém, o segmento registrou queda de 6,5%.

Ainda nesta quinta-feira, o Conselho Temático de Economia e Finanças da CIC divulgou uma Carta Econômica elaborada com base na ata de sua última reunião. O documento conta com análises sobre a conjuntura econômica mundial, nacional, estadual e local.

- Nossa principal reivindicação é que Caxias precisa desenvolver um planejamento estratégico. Quem está olhando, estudando, planejando o futuro dessa cidade? Isso precisa ser feito, senão corremos o risco de vermos nossa economia minguar - alertou Mauro Corsetti, diretor do Departamento de Economia, Finanças e Estatística da CIC.