A alta no dólar, que abriu a semana cotado a R$ 3,10, está preocupando o setor produtivo caxiense. Em outros tempos, esse patamar da moeda norte-americana seria motivo de comemoração, já que aumentaria a rentabilidade nas exportações. No entanto, com a valorização do dólar em nível mundial, o preço da matéria-prima importada também aumentou, prejudicando a competitividade da indústria nacional.
Conforme o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs), Getúlio Fonseca, havia uma expectativa positiva em relação ao aumento do dólar, mas isso só aconteceria se a moeda não tivesse aumentado também nos países que fornecem a matéria-prima. A indústria, que é um dos setores mais atingidos pela crise e que fechou quase 900 vagas de emprego nos dois primeiros meses do ano, já está buscando alternativas para absorver mais essa conta.
Segundo Fonseca, uma das medidas é reduzir o custo de produção, investindo em tecnologia e mão de obra qualificada. Para ele, as empresas não devem esperar medidas do governo federal, mas caminhar por conta. "As indústrias não têm mais benefícios. Houve a desoneração da folha de pagamento, financiamentos do BNDES e Finame estão sendo feitos em duas etapas, não podemos esperar pelo governo", afirma.
Caso o dólar continue aumentando, Getúlio acredita que pode haver uma busca por matéria-prima nacional. No entanto, ele ressalta que o preço não é fator decisivo na escolha dos fornecedores. Nesta semana, o Sindicato promove reunião com empresários para avaliar o impacto do câmbio na indústria caxiense.
Economia
Alta do dólar preocupa indústria de Caxias do Sul
Sindicato reúne empresários nesta semana para avaliar o impacto do câmbio
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