Analistas preveem que o governo não terá como escapar de um reajuste no preço dos combustíveis. No mercado internacional, o petróleo acumula alta de 20% em 12 meses. Para especialistas, o aumento da gasolina seria em torno de 10% nas refinarias para compensar perdas da Petrobrás. O que chegaria ao bolso do consumidor seria um repasse de, em média, 4%. Mas o governo nega um possível reajuste, por enquanto.
Caso a gasolina suba mesmo este percentual, nem assim seria financeiramente vantajoso abastecer com álcool em Caxias do Sul. Encher o tanque com etanol só representa vantagem se o preço corresponder a, no máximo, 70% do valor da gasolina. Isso porque o álcool faz com que o carro tenha rendimento, em média, 30% menor. Para saber se é vantajoso abastecer, o motorista deve dividir o preço do etanol pela gasolina. O resultado não pode ultrapassar 0,7.
Na semana passada, a pesquisa da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) apontou que o preço médio da gasolina em Caxias era R$ 2,891. Já o preço médio do etanol era R$ 2,491. Dividindo o valor do etanol pelo da gasolina, o resultado é 0,86. Ou seja, não é vantagem abastecer com álcool. Se o aumento de 4% fosse aplicado ao preço médio da gasolina, o valor passaria a R$ 3,006. No caso de o custo do álcool se manter estável, a divisão deste pela gasolina teria como resultado 0,82.
Rendimento
Mesmo que gasolina aumente, abastecer com álcool continuaria desvantajoso em Caxias do Sul
Analistas projetam que governo terá de reajustar gasolina em 10% nas refinarias. Para o consumidor, o aumento seria de 4%
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