A audiência que representantes do setor da uva e do vinho tiveram nesta terça-feira, em Brasília, com os ministros da Agricultura, Wagner Rossi, e do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, foi proveitosa. Os produtores pediram aos integrantes do governo federal para que continuem impedindo a entrada de sucos de uva e vinhos a granel da Argentina.
O país vizinho vem tentando derrubar as barreiras brasileiras que existem para esse tipo de importação. Diante da solicitação dos vitivinicultores gaúchos, os ministros deram uma resposta positiva e bem clara.
- Seria uma medida na contramão de todas as políticas que o governo vem desenvolvendo para o setor. Eu já vinha trabalhando em cima do assunto e tinha conversado com o presidente da República a respeito. Não faz sentido permitir a importação do mosto de uva, quando há uma lei que impede isso - ressaltou Cassel.
Essa legislação de que fala o ministro é a de número 7.678/1988 e dispõe sobre a produção, circulação e comercialização do vinho e derivados da uva e do vinho. Um de seus parágrafos ressalta que "fica proibida a industrialização de mosto e de uvas de procedência estrangeira, para a produção de vinhos e derivados da uva e do vinho".
O presidente da Associação Gaúcha dos Vinicultores (Agavi), Benito Panizzon, explica que a pressão dos argentinos tem sido forte, por isso representantes da cadeia da uva e do vinho decidiram correr em busca do apoio governamental.
- A reunião com os ministros foi muito positiva. Eles disseram que existe uma lei proibindo a entrada do mosto de uva e ela vai ser respeitada. Assim, voltamos para a Serra gaúcha mais tranquilos porque temos um governo nos protegendo - alegra-se Panizzon.
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