A ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, defendeu nesta terça-feira o veto presidencial ao fim do fator previdenciário, mecanismo que reduz o valor dos benefícios das pessoas que tentam se aposentar mais cedo.
- Ainda que tenhamos a compreensão de que é necessário fazer uma reforma da Previdência, e essa reforma passaria por rever essa questão da idade e extinção do fator previdenciário, neste momento não seria consequente, não seria responsável que o presidente Lula acatasse a extinção do fator - disse Erenice durante o programa "Bom Dia, Ministro", veiculado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
A extinção do fator previdenciário foi aprovada na semana retrasada pelo Senado junto com o reajuste de 7,72% do valor das aposentadorias e pensões acima de um salário mínimo. A equipe econômica defende o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tanto da emenda que extinguiu o fator - criado no governo Fernando Henrique Cardoso - quanto do reajuste, que ficou bem acima dos 6,14% defendidos pelo grupo.
Para Erenice, a discussão sobre a extinção do fator e uma possível reforma da Previdência caberá ao futuro presidente da República.
- Não é o momento de fazer atuação eleitoreira com o fator previdenciário - criticou a ministra.
- Estamos em um ano de eleição, não sabemos quem será o futuro presidente. Até torcemos eventualmente para um candidato ou outro, mas o nosso compromisso é com um país que esteja apto e preparado para ser governado com tranquilidade pelo próximo governante.
PAC
Durante o programa, a ministra da Casa Civil afirmou que o governo não irá acelerar o cronograma de execução das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) por conta das eleições presidenciais de outubro.
- Não é necessário e não é intenção do governo acelerar para fazermos inaugurações - disse a ministra.
- As obras terão o ritmo necessário para sua conclusão. Não vamos nem atrasar obra, nem acelerar mais do que o cronograma normal de cada uma já prevê - disse.
Ainda assim, Erenice afirmou que as obras previstas no programa - que era coordenado diretamente pela ex-ministra e atual pré-candidata do PT, Dilma Rousseff - estão "a todo vapor".
- Entramos num processo de crescimento, onde as obras caminham num passo mais acelerado - disse Erenice.
- Num primeiro momento o PAC teve um andar mais lento devido ao processo natural de fazer projetos, licitações, mobilizar empreiteiras e empreendedores. Agora é uma fase de obras que tem um ritmo mais acelerado - explicou.
Economia
Ministra-chefe da Casa Civil defende veto à extinção do fator previdenciário
Proposta foi aprovada na semana retrasada pelo Senado junto ao reajuste das aposentadorias
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