A arquiteta Mirela Ampezzan teve como desafio realizar a reforma deste apartamento, valorizando uma grande quantidade de objetos de arte e design e móveis de família, sem conflitos entre esses elementos. Os clientes, um casal de empresários com duas filhas já adultas, necessitavam modernizar o lar, que já não atendia as suas necessidades. Havia peças subutilizadas e outras aquisições que tinham que ser contempladas. Uma grande quantidade de obras de arte estava guardada ou mal exposta em função dessas limitações.
A partir dessas demandas, procurou-se evidenciar uma decoração mais sóbria, porém refinada. Uma base neutra e discreta foi adotada para valorizar móveis antigos e obras de arte, com predomínio de lacas (brilho e fosca), e lâmina de madeira natural em ébano macassar e nogueira nos móveis sob medida. Outra opção de revestimento de paredes foi a palha natural, também com tons neutros. Nas áreas sociais, tons mais frios de cinza, preto e branco buscam refinamento e compõem uma base neutra para as obras de arte.
– Modernizar a decoração, ao mesmo tempo preservando e respeitando elementos existentes interessantes, foi o desafio. Mudamos o layout de maneira a ter um aproveitamento melhor da sala de jantar e conferir mais privacidade para as diversas peças, tanto visual quanto acústica – destaca a arquiteta.
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Evidenciar o essencial
Este apartamento foi projetado para um cliente que tem a arte, o design e a literatura como paixão. Seguindo essas diretrizes, a arquiteta Silvana Garcez, em coautoria com Carla Curra, partiu do conceito “menos é mais” e projetou uma base contemporânea, com linhas retas e cores neutras. A composição em preto e branco serve de pano de fundo ideal para expor a paixão do morador pela arte.
O prazer da leitura foi inspiração para compor o ambiente de 40 metros quadrados, criando uma atmosfera perfeita e convidativa para a biblioteca do cliente, recheada de bons livros.
Destaque no living para os rasgos de iluminação que emolduram a tela de projeção, assim como a automatização dos recursos de luz e som no ambiente.
A curadoria de arte também merece menção. Na coleção, Sergio Lopes, Jane De Bhoni, Aécio Sarti, Vitor Hugo Senger, Marilene Zanquetini, Sônia Menna Barreto, entre outros grandes nomes. Estampa sobre estampa, sem medo de ousar, as paredes foram revestidas com papel de parede. Cada canto propicia um momento de prazer e descobertas, para encanto dos visitantes.