Nos poucos mais de dez minutos em que cruzou o tapete vermelho, na abertura do Festival de Gramado, sexta-feira à noite, Sonia Braga provocou comoção. E arrebatamento.
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Um filme chamado Sonia Braga
Homenageada com o Troféu Oscarito e estrela do longa Aquarius, exibido fora da competição, a atriz fez a primeira noite do festival parecer a última, quando a sala lota para saber quem levará os kikitos. Carisma incontestável. E ela sabe jogar com as câmeras, com os fotógrafos, com o público.
No palco, recebeu homenagens virtuais de Cacá Diegues, que a chamou de bicho cinematográfico, da amiga Renata Sorrah e de Caetano Veloso: "Coisa mais linda do Brasil". Não fez declarações políticas como em Cannes, quando ela e o elenco denunciaram um golpe do Brasil, mas no filme Aquarius, sua presença é política. Sua personagem luta para que um edifício resista à especulação imobiliária em nome de lembranças, memórias e resistência à corrupção.
A era do cinema brasileiro que Sonia desfilou em Gramado é, sim, digna dos aplausos e da emoção que ela provocou. Viva Sonia Braga!