A coroação da vale-realense Marthina Brandt como Miss Brasil, na madrugada de quinta-feira, teve jeito de conquista coletiva. Tanto que a expressão mais recorrente usada pelos moradores da cidade natal da miss, ao recordar o momento, foi "todo mundo parou para assistir ao concurso" exibido na tevê.
Miss Brasil ligou para a avó, em Vale Real, às 3h da madrugada
O orgulho de ver a pacata cidade de 6 mil habitantes do Vale do Caí projetada nacionalmente misturava-se a diferentes momentos de interação entre a garota e os amigos e vizinhos de todos os tempos. Para eles, não se tratava de uma miss - mas da miss de casa, daquela com quem dividem o cotidiano.
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A dona de casa Rosana Moraes, 45 anos, costumava receber Marthina como hóspede, porque ela e a filha são amigas de infância. Conta que, ao vê-la com a coroa, pela tevê, não se conteve:
- Joguei um beijo pra ela e disse: querida! Aí abri a porta da garagem e saí gritando, eu e meu marido pegamos o carro e, quando vimos, tinha um monte de gente comemorando na rua. Com isso, ela nos deixou uma lição, de que vale a pena correr atrás do que se quer.
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O prefeito, Édson Kaspary (PT), o Tida, festejou por Marthina ter mencionado o nome da cidade natal, dizendo que graças a ela Vale Real havia sido mapeada. Na madrugada, houve festa e foguetório.
- Ainda estamos sob efeito dos feitos de Marthina - disse.
Pela manhã, a Câmara de Vereadores repleta de estudantes do município serviu como locação a uma matéria da Band - emissora detentora dos direitos de exibição do evento -, a fim de estabelecer uma corrente positiva de mobilização da comunidade para o Miss Universo, a ser realizado em 20 de dezembro, em Las Vegas.
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E, justamente por causa da proximidade entre o concurso internacional, não há previsão para Marthina visitar a família na cidade natal - em São Paulo, ela foi prestigiada pela mãe, a professora Jaqueline Margarete, pela irmã Caroline e pelo cunhado Wagner.
A Miss Brasil vive com os avós paternos, Maria Alyde e José Valdemar Brandt, 74 e 82, respectivamente, numa casa de dois andares no Centro da cidade. Por volta das 3h, ela ligou à avó para celebrar.
- Sinto saudades, porque ela ultimamente fica pouco em casa. Mas, quando chega, pede pra eu preparar um mate e gosta de comer feijão e arroz - diz.