A grande quantidade de comentários negativos nas redes sociais — inclusive no Facebook do Pioneiro — gerada pela divulgação do documentário Bixa Travesty em Caxias, contribuiu para a FSG decidir trocar o local da sessão, marcada para a noite de terça, em Caxias. O filme, que ocuparia o teatro da faculdade, acabou sendo exibido nas dependências do Atelier NAV. De acordo com Daniel Vargas, diretor do NAV, a mudança se mostrou necessária para ter um controle maior do público, em função das cenas de nudez contidas no documentário. Conforme ele, a sessão na FSG reuniria mais alunos — visto que era parte da Semana Acadêmica de Comunicação — e alguns poderiam ser pegos de surpresa pelo conteúdo do filme.
— A gente decidiu fazer essa mudança basicamente porque a classificação indicativa do filme não tinha saído ainda e consideramos que nem todo público está apto para ver todo tipo de conteúdo. Achamos pertinente para o projeto preservar e filtrar um pouco, quem esteve aqui (no NAV) era para assistir o filme, por escolha própria — disse ele.
Antes de entrar na sessão, os participantes foram orientados a assinar um termo de ciência sobre o conteúdo do filme. Cerca de 70 pessoas assistiram a Bixa Travesty, no Atelier NAV. A coluna indica fortemente o filme, registro tão forte e tão visceral quanto sua personagem central: a artista trans Linn da Quebrada.
Vale lembrar que o diretor do filme, Kiko Goifman, visitará Caxias nesta sexta (11) para uma masterclass, às 19h30min. E, pelo que tudo indica, a presença do cineasta foi liberada no Teatro da FSG.