Fernanda Lima e o programa Amor & Sexo, que está na 11ª temporada no ar pela Rede Globo, viraram uma “ameaça a ser combatida” pela forte onda de conservadorismo que tem assolado o país. O programa se tornou um dos mais comentados da tevê aberta ao protagonizar debates sobre temas como feminismo, identidade de gênero, representatividade e prazer sexual. Abrindo espaço a participantes que não costumavam aparecer na mídia de massa – Pabllo Vittar é um exemplo –, o programa se tornou uma espécie de mal a ser evitado por alguns. Segurando uma bandeira branca na capa da Revista Trip mais recente, Fernanda Lima reflete sobre as razões que levaram a atração incomodar tanta gente.
– Falar contra o racismo, contra o machismo, contra a homofobia incomoda. (...) Quando a mulher opina não é agradável, né? Mulher tem sempre que concordar para não parecer chata? E a travesti inteligente incomoda? Ô se incomoda. A negra que fala com propriedade incomoda? Ô! O tesão da mulher incomoda? Incomoda, e incomoda pessoas que nunca imaginei que se incomodariam. Mas aprendi que uma coisa é eu me manifestar sobre isso; e outra é eu passar o microfone: a importância de a gente ouvir outras histórias.