Há um certo tom imaculado que circunda a participação feminina em esportes como ballet, ginástica olímpica, patinação... Os movimentos precisos, os cabelos presos com gel, as roupas cintilantes, os sorrisos distribuídos às câmeras e aos jurados, enfim, tudo isso ajuda a compor um imaginário da perfeição, sem espaço para falhas. Nesse sentido, não é exagero dizer que a patinadora artística americana Tonya Harding foi uma exceção. Não só pela ousadia em se apresentar ao som de ZZ Top, gritar palavrões com os jurados, usar roupas que ela mesma costurava e afins; mas por toda tragédia pessoal que sua existência expôs ao mundo, ferindo profundamente o american way of life nos anos 1990. É a história incrível – e real – dessa forasteira do mundo idealizado da patinação no gelo que embala o longa Eu, Tonya, estreia desta quinta na Sala de Cinema Ulysses Geremia.
Cinema
Sala Ulysses Geremia, em Caxias, recebe a cinebiografia "Eu, Tonya"
Longa teve três indicações ao Oscar
Siliane Vieira
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