O filme As Duas Irenes, estreia de hoje na Sala de Cinema Ulysses Geremia (leia mais na capa do Sete Dias), marca também a estreia de Isabela Torres, 18 anos, como atriz. A jovem goianiense radicada em Brasília conversou com o colega Diego Adami um dia depois do lançamento do filme, durante o Festival de Cinema de Gramado.
Confira o papo abaixo:
3por4: O Fábio Meira (diretor) disse que descobriu você por acaso. Como foi?
Isabela: Quando eu tinha 12 anos, a minha madrinha me levou para fazer um book de fotos numa agência, e as minhas fotos ficaram lá e ele foi atrás e me viu. Viu que sou muito parecida com a Inês (Peixoto), que faz a minha mãe no filme, e entrou em contato comigo. Fez uma entrevista, e no começo eu estava meio assim, não estava acreditando, não estava querendo. Depois fui chamada pro workshop que teve em Goiânia, que eram 25 meninas, e fui ficando até o final e acabou que eu fui a escolhida.
Pretende seguir nessa carreira de atriz?
Sim. Antes eu não queria. Depois disso tudo, depois dessa experiência maravilhosa...
O que te fez mudar de ideia?
Acho que era uma coisa que eu encontrei em mim que eu não sabia que eu tinha. Eu gostei muito, demais. Tipo, é outro mundo. Amei. Agora me mudei para São Paulo, estou morando com meu pai, e estou seguindo, fazendo um curso de teatro lá.
Quando tu estavas no set, o que te vinha na cabeça?
Tinha essa coisa de não ler o roteiro antes e a minha relação com a Pri (Priscila Bittencourt, colega de cena) era muito boa, era muito fluente. Claro, tinha aquela coisa de estar ali em frente a uma câmera, fazendo um filme, mas ao mesmo tempo eu me sentia confortável porque o Fábio confiava muito em mim e tinha essa questão de confiança, de conforto. Eu me sentia bem.
Que filme mais te marcou?
Eu gosto muito de Cisne Negro, da (atuação da) Natalie Portman. Eu penso muito nesse filme, no papel dela se transformar. E é isso. Num filme você tem que estar preparada para tudo e conseguir mostrar isso para o espectador.