Uma curiosidade sobre o filme João, o Maestro, cinebiografia de João Carlos Martins, que abriu o 45º Festival de Cinema de Gramado: o final do longa aborda a aproximação do maestro com instituições como a Fiesp, famosa por financiar o famoso pato gigante em protesto contra o PT. O filme contou com verba da própria instituição, que, por contrato, obrigou a obra a incluir imagens da fachada do prédio, por exemplo.
– Não tínhamos como não aceitar dinheiro da Fiesp. Eu, o Mauro, e acho que todo mundo do elenco temos uma posição política bem diferente da deles. As cenas da FIESP foram as mais difíceis de filmar – disse a produtora Paula Barreto.
– O pato estava estacionado lá (risos) – interrompeu o diretor Mauro Lima.
– Foi complicado, realmente, tem saias justas que a produção tem que entrar. O objetivo era produzir o filme e sem esse dinheiro não seria possível produzir, então é isso – continuou Paula.