Em parceria com a aldeia Kaingang Kógūnh Mág, de Canela, o artista plástico gramadense Alessandro Müller está desenvolvendo o projeto Muralismo e os povos originários: do esquecimento à inclusão, que busca tratar da valorização dos povos indígenas presentes na região, dando a eles um espaço artístico permanente para fazer lembrar da sua existência, sua cultura e das suas contribuições para a formação da cidade.
A partir da relação de troca com a aldeia, Alessandro irá criar três murais que ficarão residentes permanentemente no Território Criativo Vila Joaquina, em Gramado. A céu aberto, as obras irão contar com audiodescrição detalhada, disponibilizada através de QRCode, possibilitando maior acessibilidade aos bens culturais deixados pelo projeto.
Além da criação dos murais, serão oferecidas atividades culturais e formativas gratuitamente para a comunidade, como: contação de histórias em escola guiada pelo Cacique; apresentação de dança indígena; palestra sobre patrimônio cultural imaterial; oficinas de muralismo e grafite e curso para professores sobre mediação de educação para patrimônio e exibição de documentário, que traz depoimentos e registros de descendentes indígenas.
Na última terça-feira, a equipe do projeto esteve na aldeia para receber os conhecimentos sobre grafismo indígena, através da fala do Cacique Mauricio Salvador, que servirão como inspiração para a criação das obras de arte. Ainda, ao longo do projeto, haverá contação de histórias indígenas em escola municipal de Gramado e apresentação de dança com integrantes da aldeia.
“Muralismo…” foi contemplado pelo edital Pesquisa, Registro e Memória, da Secretaria de Estado da Cultura.