Assim como fez nas enchentes de 2023, quando conseguiu R$ 1 milhão para micro e pequenas empresas do Vale do Taquari, o Sebrae RS irá destinar recursos para os atingidos do desastre ambiental no Estado que acaba de completar duas semanas. A estimativa inicial é de que cerca de 600 mil micro e pequenas empresas tenham sido afetadas desta vez, o equivalente a 40% do total de empreendimentos.
O Sebrae RS irá rever e remanejar o orçamento e espera poder destinar mais de R$ 10 milhões a fundo perdido para os atingidos, principalmente na Serra, Vale do Taquari e Região Metropolitana — não há, por enquanto, um levantamento de empresas atingidas por região. A entidade também buscará apoio do RS Garanti para empréstimo com melhores condições a quem desejar.
— Não podemos fazer as pessoas perderem emprego, pelo bem do empregador, inclusive. O empresário gera emprego, paga o salário, mas não pode cruzar os braços e dizer "para mim eu tenho e vou fechar o meu negócio". Não pode acontecer isso. Eu prego que além desse programa do Sebrae no Rio Grande do Sul, tem que vir recursos colossais, bilionários a fundo perdido para não só equipar as estruturas logísticas, de infraestrutura, pontes, estradas, barreiras, mas colocar a fundo perdido nas grandes e pequenas empresas. Isso será uma saída para o Rio Grande do Sul — defende Luiz Carlos Bohn, presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae RS.
Para entender melhor o impacto das enchentes na vida dos empreendedores desses segmentos, uma pesquisa foi lançada pelo Sebrae e pode ser respondida pelo link bit.ly/juntospeloRS. O questionário tem perguntas sobre o porte do negócio afetado, se está atualmente em operação, como o empreendimento foi afetado pela enchente, estimativa de prejuízo, número de colaboradores, se possui seguro, se precisará de crédito para retomada da operação e a expectativa para os próximos meses. Dois mil formulários já foram respondidos.