Caxias do Sul foi uma das cidades brasileiras mais impactadas pela retração dos últimos anos, cenário que exigiu cautela da indústria em investimentos em maquinários e modernização dos parques fabris.
Mas a 27ª edição da Mercopar, que começou nesta terça-feira no Centro de Eventos da Festa da Uva, em Caxias, aponta indícios de que a indústria está voltando a apostar em tecnologia e inovação, a despeito do tempo chuvoso do dia de estreia.
– A feira recém começou e já tive a sinalização de três empresas que fizeram reserva de espaço para o próximo ano – comemorou em seu discurso Ayrton Pinto Ramos, diretor técnico do Sebrae RS, promotor da feira.
O burburinho vindo das rodadas de negócios em ampla sala próxima à cerimônia de abertura confirmou a sintonia entre grandes empresas e pequenos fornecedores. E o terceiro termômetro de que o evento ainda revela sua força é a lotação da rede hoteleira da cidade, com poucas vagas ainda disponíveis para a semana.
Novos rumos
Porém, com a saída da Hannover Fairs Sulamérica como parceira do Sebrae, aliado ao ambiente de negócios mais instável, a Mercopar reduziu o número de expositores a quase um terço: 193 nesta edição, contra 550 em 2014. E vem buscando apoio de entidades como Simecs e CIC, além do poder público, para resgatar a origem de sucesso da feira, repensar a infraestrutura nos pavilhões para mantê-la em Caxias e definir os próximos passos.
Reomar Slaviero, presidente do Simecs (entidade que representa o setor metalmecânico) foi convidado pelo presidente da Fiergs, Gilberto Petry (que assumirá a presidência do Sebrae), a liderar esse movimento com vistas a uma profunda reestruturação da Mercopar já a partir da edição de 2019. A acompanhar.