Até esta segunda-feira (4), Passo Fundo registrou 1.958 casos de dengue, número que representa um recorde para o município. Apesar disso, o quarto e último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa) do ano aponta baixo risco de epidemia da doença.
A pesquisa foi feita pela Vigilância Ambiental entre os dias 21 e 30 de outubro. O levantamento mostra o percentual de imóveis com presença do mosquito a cada 100 casas visitadas. Embora o número tenha apresentado elevação, passando de 0,4 em agosto para 0,7 em outubro, o valor ainda indica baixa chance de alastramento do vírus.
O dado também reflete a tendência de redução nos diagnósticos em comparação ao começo do ano. Desde 21 de outubro, a cidade registrou apenas três novos casos positivos de dengue e atualmente 27 estão em investigação.
Ao todo, foram visitados 3.739 imóveis em todos os bairros da cidade. Das 136 amostras coletadas em tubos de ensaio, 32 deram positivo para a presença de larvas do mosquito.
Com a chegada do calor, a vigilância faz um alerta para reforçar os cuidados com água parada, principalmente no caso de moradores com pátio, que devem redobrar a atenção com a limpeza de piscinas, vasos, pneus e outros recipientes.
A fim de otimizar o controle da presença do mosquito, o município trabalha desde junho com o monitoramento da postura dos ovos do Aedes aegypti através de armadilhas, as ovitampas. O sistema é instalado nos bairros com a maior circulação do vetor, o que auxilia na identificação de focos maiores.
Recorde de casos
Conforme a última atualização da Secretaria Estadual da Saúde (SES), a cidade registrou 1.958 casos de dengue, sendo 92% autóctones, ou seja, contraídos no município. Os diagnósticos positivos mais recentes foram contabilizados nas últimas três semanas epidemiológicas.
Já o número de óbitos permanece em três desde o mês de maio, sendo todas as vítimas mulheres com 62, 86 e 92 anos.
Em 2024, Passo Fundo também implementou a estratégia de borrifação residual intradomiciliar (BRI), que complementa as alternativas para o controle do Aedes aegypti, minimizando o contato do vetor com as pessoas e contribuindo para reduzir a população do mosquito.
Prevenção
Algumas medidas de prevenção podem ser tomadas para diminuir a proliferação e circulação do mosquito. Entre elas está a limpeza e revisão das áreas internas e externas das residências, além de eliminar objetos com água parada.
O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra a dengue. Entre os principais sintomas da doença estão:
- Febre alta (39°C a 40°C) com duração de dois a sete dias
- Dor retro-orbital (atrás dos olhos)
- Dor de cabeça
- Dor no corpo
- Dor nas articulações
- Mal-estar geral
- Náusea
- Vômito
- Diarreia
- Manchas vermelhas na pele com ou sem coceira
Caso o paciente apresente qualquer sinal indicativo de dengue, a orientação é procurar atendimento médico para avaliação e conduta.