Nos últimos meses, Passo Fundo tem enfrentado uma situação que prejudica o abastecimento de água em diversos bairros da cidade: furtos de cabos de energia elétrica. Os delitos causam interrupções no fornecimento de água e prejudicam o cotidiano dos moradores.
De acordo com o gestor de Relações Institucionais da Regional Planalto da Corsan, Aldomir Santi, os furtos de cabos elétricos, tanto na área pública quanto em instalações da própria Corsan, têm sido frequentes em algumas regiões do município. É comum que aconteçam em locais estratégicos, como estações de tratamento e bombeamento de água.
A principal consequência dos furtos é a paralisação ou dano nas bombas e sistemas de pressurização de água. Um dos exemplos é o caso da estação de bombeamento da Rua Major João Schell, onde criminosos roubaram cabos essenciais para o funcionamento do sistema de pressurização.
Localizada na Vila Annes, a estação é responsável pelo abastecimento em uma área da cidade, especialmente para os bairros mais altos, que ficam ainda mais vulneráveis quando há falta de água.
— O furto, em valor, não é significativo, mas o impacto para a população é enorme. Muitas vezes os consumidores que estão mais distantes do local do furto não percebem o que está acontecendo, mas acabam sofrendo as consequências, como a falta de água em suas residências — afirmou Santi.
Dificuldades no monitoramento e segurança
A Corsan, responsável pelo abastecimento de água, tem enfrentado desafios para monitorar todas as áreas onde os furtos ocorrem. Embora a empresa tenha aumentado a vigilância, a extensão das instalações e a dificuldade em cobrir todos os pontos vulneráveis tornam o trabalho de prevenção e acompanhamento ainda mais difícil.
— Não conseguimos cobrir todas as áreas com um monitoramento constante. São vários locais e, quando o furto ocorre, é preciso tempo para restabelecer o sistema — explicou o gestor.
Durante os episódios de furtos, a Corsan precisa realizar reparos e ajustes, o que leva a interrupções temporárias no fornecimento de água. Esse processo pode durar horas ou até dias, dependendo da gravidade do dano causado.
Para Santi, o que pode ser feito para prevenir esse tipo de crime e seus impactos envolve uma combinação de ações, que incluem maior vigilância nas áreas mais críticas, o reforço da segurança nas instalações da Corsan e a conscientização da população sobre os prejuízos causados por esses furtos.
— Estamos atentos e tentando monitorar da melhor forma possível, mas precisamos também da colaboração da comunidade. Denunciar furtos e atividades suspeitas pode ajudar a combater esse problema — concluiu o gestor.