Por Raphael Ayub, secretário de Turismo do RS
O Observatório de Turismo do RS, um projeto inédito da Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul que tem como objetivo identificar oportunidades para melhorar e promover a oferta turística, já tem data para acontecer. Isso porque os primeiros números para o Observatório começam a ser captados a partir deste sábado, na 45ª edição da Expointer, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
A intenção do Observatório é reunir dados econômicos e sociais sobre o turismo no Estado para dar respaldo às decisões políticas
Vale lembrar que esta é a primeira vez, após o início da pandemia, que a Expointer é realizada sem restrições sanitárias e a expectativa é de que neste ano 600 mil pessoas visitem a feira. Durante os nove dias de evento, por meio de contatos com empresas dos setores de transportes e hospedagem, o Estado vai buscar entender de onde vêm os turistas que visitam o Rio Grande do Sul no período da feira. A ideia é inverter a lógica, analisar os dados e adotar comportamentos sob a ótica da demanda, e não da oferta.
A intenção do Observatório é reunir dados econômicos e sociais sobre o turismo no Estado para dar respaldo às decisões políticas, com painéis de informações e relatórios bimestrais. De acordo com o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), o setor de turismo representará 11,3% da economia global, movimentando US$ 14,6 trilhões ao longo dos próximos 10 anos.
É importante frisar que a atividade turística resulta na geração de emprego e renda e por isso os eventos turísticos devem ser vistos como investimentos. Em 2020, foram mais de 90 mil pessoas empregadas no setor de turismo gaúcho.
Um exemplo de evento turístico com impacto econômico foi a edição deste ano do Festival Internacional de Balonismo de Torres, realizado no feriado do dia 1º de maio no Litoral. Com a maior parte do público proveniente do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, a atração gerou 500 empregos diretos e registrou 100% de ocupação da rede hoteleira.
Finalizo reiterando que é a primeira vez que a Setur vai trabalhar com o mercado de fato, como o turista quer comprar e não como o Estado e as regiões querem vender. Esse método permitirá que o Estado conheça cada vez mais o perfil dos turistas e ofereça o melhor.