A semana abre com a expectativa sobre duas decisões com impacto na Lava-Jato. A mais aguardada é a indicação do futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), substituto de Teori Zavascki. A definição pode se alongar, mas com o sorteio do novo relator da operação, Edson Fachin, a bola está limpinha no pé do presidente Michel Temer. O escolhido será o revisor da Lava-Jato no plenário da Corte. Temer é pressionado por caciques do PMDB, citados como ele na delação da Odebrecht, a optar por um jurista que possa quebrar algum galho no futuro. A indicação deixará claro se o presidente governa pensando no país ou nos colegas de partido. Outra decisão esperada para os próximos dias terá impacto na escolha de Temer. O Senado vai definir o presidente e os integrantes da Comissão de Constituição e Justiça, responsável por sabatinar o novo ministro. Lá no segundo semestre, passará pelo mesmo colegiado o terceiro mandato de Rodrigo Janot ou o nome de seu sucessor como procurador-geral da República. Um dos cotados para pilotar a comissão é Edison Lobão (PMDB-MA), investigado na Lava-Jato. Seria o cúmulo de conflito de interesses, mas o atual Congresso tem outras preocupações. A semana será interessante para observar se as decisões do Planalto e do Senado olham apenas para a autopreservação.
RBS BRASÍLIA
As decisões da semana
A semana será interessante para observar se Planalto e Senado olham apenas para a autopreservação
Carolina Bahia
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