Excelentíssimo Sr. Presidente interino Michel Temer.
Após um longo e temeroso período de instabilidade política que levou a um oneroso processo de impeachment, o Brasil tem urgência em crescer. Cabe ao mandatário maior da nação – mesmo que interinamente – reconduzir corajosamente o país para os trilhos do desenvolvimento econômico de maneira rápida e eficiente, para recuperar o estrago que recaiu sobre o Brasil que produz.
Primeiro, será necessário conquistar (ou reconquistar) a confiança dos brasileiros e de um senhor chamado Mercado, que a tudo reage, negativa ou positivamente. Inclui-se aí não apenas o cidadão que consome, mas o empresariado que gera riquezas, sem as quais não há empregos e impostos, condenando a economia à inanição.
Não há mais tempo a perder. O Brasil tem pressa. É preciso que sejam giradas as engrenagens da produção para tirar da indignidade a legião de famílias afetadas e ainda ameaçadas pelo desemprego.
Excelentíssimo Presidente, o que dizer das estruturas ociosas das milhares de fábricas instaladas no Brasil que fecharam as portas deixando para trás sonhos e investimentos feitos em inovação e em talentos? Tudo em consequência dos devaneios e vaidades de lideranças políticas, que insistem em se servir, ao invés de servir, e de inflar custos e despesas, sem riscos, minguando os resultados finais de quem trabalha. Resultado: vivenciamos a maior recessão da história deste país!!!
Com a legitimidade do processo que o levou à presidência, com um ministério competente e experiente e com o apoio político da maioria no Parlamento, não há razões para adiar soluções a problemas recorrentes, a começar pelo equilíbrio do orçamento com corte de gastos, ao invés de aumento de impostos, pela flexibilização das leis trabalhistas e pela mudança na previdência moribunda, medidas que, por si, devolverão à economia um ambiente mais favorável aos negócios e ao consequente desenvolvimento.
O momento é de reflexão e propício para redesenhar de ponta a ponta um Brasil mais competitivo, de maneira séria e responsável, resgatando os conceitos básicos da ética e da moral. Quem empreende sabe que esta não é uma opção. É a única alternativa para a sobrevivência.