Quando eu era criança, meu consumismo aflorava diante de duas coisas: bichos de pelúcia (eu tinha vontade de dar abraços de Felícia em todos eles) e lojas que vendiam fantasias. Eu ganhei vários bichos de pelúcia, mas nunca ganhei uma fantasia. Meus pais achavam que seria um desperdício porque eu não teria onde usar. Eu morava em Três Passos e lá só era normal uma criança usar fantasia no carnaval infantil. Mas na minha cabeça eu poderia usar as fantasias no dia a dia. Eu me imaginava indo no colégio de fantasia ou vestindo ela pra ficar em casa mesmo. Não conseguia ver problema nisso.
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