O texto abaixo é resultado da cobertura da palestra feita pelos alunos de Jornalismo da UFPel: Gabriel Henriques, Marina Amaral, Natália Pontes, Renata Ulguim, Vitória Leitzke (reportagem); Lenise Slawski e Mariana Hallal (edição) e Rui Júnior (vídeo).
A noite pelotense de segunda-feira (21) foi diferente para os alunos dos cursos de jornalismo da cidade. As aulas foram substituídas pela palestra do projeto ZH na Faculdade. A iniciativa do grupo RBS levou o jornalista Rodrigo Müzell ao Campus II da Universidade Federal de Pelotas.
Formado pela UFRGS em 2000, Rodrigo começou sua trajetória no jornal Zero Hora na editoria de Economia. Em 2010 tornou-se editor de Copa do Mundo 2014, quando acompanhou tanto os preparativos da Seleção Brasileira quanto a transformação da capital gaúcha para o evento mundial. Passou para a editoria digital de Notícias e atualmente é editor de Porto Alegre.
Rodrigo abriu o evento explicando, de forma sucinta, como funciona a editoria na qual ele trabalha. A equipe é formada por mais 9 colegas que são responsáveis por suprir a demanda de conteúdo hiperlocal. Em seguida, falou sobre o processo de unificação da Gaúcha e Zero Hora nas plataformas digitais. Segundo a linha do tempo, isso começou em 2016 com a integração dos times de esporte dos dois portais. Contou sobre a criação dos Editores da Hora, que são três profissionais responsáveis por supervisionar o portal e seus aplicativos e também analisar o conteúdo ali publicado durante todo o dia. Em setembro de 2017, os dois portais — de ZH e Gaúcha — foram unificados no GaúchaZH.
Após explicar o processo de unificação, Müzell falou das plataformas da marca e explicou o modelo de negócios adotado no portal do grupo RBS e todo o seu ecossistema. Apresentou também dados relacionados à audiência dessas plataformas e o horário de consumo dos tipos de conteúdo.
Para finalizar a fala, o editor lembrou do concurso Primeira Pauta, projeto que seleciona cinco estudantes de jornalismo do estado para participarem de dinâmicas na redação do jornal Zero Hora. Aproveitou para apresentar o cronograma e o tema da edição 2018 e reforçou que o projeto é uma grande chance para os acadêmicos. Os alunos ainda tiveram a oportunidade de tirar dúvidas sobre a rotina e perfil dos profissionais que trabalham no Grupo RBS, dentre outros questionamentos.
Em entrevista, o jornalista disse que os acadêmicos podem aproveitar eventos como esse para tirar dúvidas com profissionais da área e conhecer suas experiências. Rodrigo considera muito boa essa oportunidade que o aluno tem de conversar com um profissional que já passou pelo desafio de iniciar a carreira.
— Isso desmistifica um pouco o que tem de dificuldade — acredita.
Ele comentou também que novos jeitos e possibilidades de fazer o jornalismo surgem desse contato entre profissionais e estudantes.
— A gente sai de uma conversa dessas com ideias novas, com perspectivas e caminhos pra gente trazer pro nosso dia a dia — afirmou.
Estudante do 3º semestre do curso de jornalismo da UFPel, Valesca Luz está no mercado de trabalho desde o início da faculdade. Ela afirma que é muito importante para o estudante ter inspirações e o conhecimento de outros campos da profissão.
— Ter uma percepção de como um veículo com quase 200 pessoas trabalha é muito importante, pois tu consegues perceber até onde tu podes sonhar para querer buscar outros caminhos na profissão — fala.
Ao encerrar a palestra e sanar as dúvidas do público presente, Müzell ainda se disponibilizou para conversar particularmente com quem tivesse interesse. A aceitação dos alunos foi vista com o auditório lotado e com a fila de espera para um bate-papo pessoal no final do evento.