O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a falar sobre a possibilidade de concorrer à Presidência da República em 2018. Nesta quinta-feira (12), diante de uma plateia formada por professores, estudantes e sindicalistas, em Brasília, o petista disse que quer "voltar a fazer o país andar".
"Se cuidem, porque se eu voltar para a presidência da República é para fazer mais do que nós já fizemos", disse Lula.
Ovacionado pelo público, o petista criticou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, chamou o atual governo de "golpista" e afirmou que ninguém vai impedi-lo de "andar pelo país", em possível referência às investigações contra ele.
"Quem é que vai tirar o país da lama que ele se encontra?", perguntou o ex-presidente. A plateia gritou: "Lula, Lula".
O petista participou da abertura do 33º Congresso Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). À plateia de educadores e sindicalistas, Lula também criticou o investimento em presídios.
"O dinheiro que economizaram no passado em educação, estão gastando agora em presídios", discursou.
Além de citar medidas na área de educação adotadas em seu governo, Lula citou exemplos de países que, no entendimento dele, têm exemplares modelos de gestão na área, como Cuba, Peru e Bolívia.
"O atraso que nós temos que enfrentar é porque a elite brasileira nunca gostou e nunca quis que o pobre estudasse", opinou.
Diferente do discurso em um evento, ontem, na Bahia, nesta quinta Lula não mencionou nominalmente a Lava Jato e outras investigações da qual é alvo. Ele é réu em cinco inquéritos que apuram esquemas de corrupção.