O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, e governador do Amazonas, José Melo, anunciaram na noite desta segunda-feira (2) um conjunto de medidas para reforçar a segurança do sistema prisional do Estado. As iniciativas foram adotadas após a morte de 60 detentos e a fuga de 184 em casos que envolveram quatro unidades carcerárias dentro de 24 horas. Presos que lideraram os motins estão sendo identificados e serão transferidos para presídios federais nas próximas semanas.
Conforme o governo estadual, forças de segurança estão em operações pela cidade para recapturar foragidos. Barreiras foram montadas em diversas zonas da cidade, nas rodovias estaduais e na BR-174. Até o fim da noite, 48 detentos haviam sido reconduzidos ao sistema prisional.
Revistas periódicas serão intensificadas, haverá reforço na presença da Polícia Militar em apoio ao trabalho dos agentes penitenciários, além da revisão de algumas medidas internas das unidades. Três unidades prisionais em Manaus, Manacapuru e Parintins devem começar a ser construídas neste ano, ampliando em mais de quatro mil a capacidade para abrigar os detentos.
O caso mais recente de tumulto ocorreu na tarde desta segunda-feira (2), quando presos do Centro de Detenção Provisória Masculino fizeram um motim. O Centro tem capacidade para 568 presos, mas abriga, atualmente, 1.568 internos. Em nota, o governo informou que detentos tentaram fugir e foram impedidos pelo reforço da Polícia Militar que estava atuando na unidade.
O massacre, com 56 detentos assassinados e 112 presos em fuga, ocorreu em um motim que durou mais de 17 horas no Complexo Penitenciário Anísio Jobim. Os casos são atribuídos a facções do narcotráfico.
Gaúcha
Líderes de motim em Manaus serão transferidos para presídios federais
Em quatro unidades prisionais, 60 detentos morreram e 184 fugiram dentro de 24 horas
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