A Polícia Federal começou a ouvir neste sábado (10) os suspeitos de fraude em programas de saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Conforme o delegado Aldronei Rodrigues, que comandou a Operação PhD, realizada ontem, três dos seis presos devem ser ouvidos hoje.
Os investigados presos são Sergio Nicolaiewsky, ex-vice reitor da UFRGS e atual diretor-presidente da Faurgs; o professor Ricardo Burg Ceccim, um dos coordenadores do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem; o professor Alcindo Ferla, que atua na Escola de Enfermagem da UFRGS; a professora Simone Chaves, da Unisinos; Marisa Behn Rolim, servidora da UFRGS; e a filha dela, Priscila Behn Rolim Coronet.
Os suspeitos, que passaram a noite na carceragem da PF, são investigados pelos crimes de associação criminosa, estelionato, falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informação.
Operação PhD
A Operação PhD investiga fraude e desvio de recursos envolvendo bolsas de estudos e programas de ensino na área da Saúde Pública vinculados à Escola de Enfermagem da UFRGS. Uma série de documentos e equipamentos foram apreendidos. Ontem, testemunhas foram ouvidas.
O Ministério da Saúde suspendeu temporariamente o repasse de recursos para os programas suspeitos de fraude na UFRGS.
Em nota, a pasta informou que não foi notificada oficialmente do conteúdo da operação, mas optou pela suspensão temporária das ações de maneira preventiva. O Ministério da Saúde também vai instituir um grupo de trabalho para apuração dos fatos.
No documento, o ministério esclarece que faz a descentralização dos recursos que financiam os programas de qualificação de profissionais de saúde. A concessão de bolsas e seleção de bolsistas é realizada pela UFRGS.