O poeta, escritor e teatrólogo Ferreira Gullar morreu neste domingo (4) no Rio de Janeiro, aos 86 anos. As informações são do portal G1.
Considerado um dos maiores escritores brasileiros do século 20, Ferreira Goulart foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 2014, ocupando a cadeira número 37. O gosto pela poesia surgiu na adolescência, em Natal (RN).
Em 1954 escreveu o livro que o lançaria no cenário literário do país: "A Luta Corporal". Foi nesta época que ele se definiu como um "poeta experimental radical", sem adoção de fórmulas. O poema teria que ser inventado a cada momento. “Eu queria que a própria linguagem fosse inventada a cada poema”, diria ele mais tarde, segundo informações do site da Academia Brasileira de Letras.
Durante a Ditadura Militar, entrou para o partido comunista e passou a escrever poemas sobre política. Foi preso e depois foi para o exílio, primeiro para Moscou, depois para Santiago do Chile, Lima e Buenos Aires.
Voltou para o Brasil em 1977, quando foi preso e torturado. Libertado por pressão internacional, voltou a trabalhar na imprensa do Rio de Janeiro e, depois, assumiu como roteirista de televisão.
Durante o exílio escreveu "Poema Sujo", que tem quase cem páginas e é considerado sua obra prima.
Outro campo de atuação era o teatro. Ajudou a fundar o Teatro Opinião e escreveu, com Oduvaldo Vianna Filho, as peças "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come" e "A saída? Onde fica a saída?".