O Movimento de Trabalhadores Sem Terra (MST) anunciou nesta terça-feira (22) que não pretende cumprir a ordem de reintegração de posse em área invadida de CEEE, em Charqueadas. A Justiça gaúcha deu 10 dias para o MST deixar a área do Horto Florestal Carola, da CEEE, invadida em 14 de novembro.
A coordenação do acampamento afirma que vai permanecer no local e aguarda propostas, nos próximos dias, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do governo do Estado, para criação de novos assentamentos. Caso o terreno não seja deixado voluntariamente, a juíza Paula Fernandes Benedet autorizou o uso de força policial.
Não houve audiência de conciliação entre os envolvidos à pedido da CEEE. A defesa da companhia alegou que em outra ocupação, em janeiro de 2015, desapareceram 39 tambores cheios e lacrados contendo preservativo de madeira do tipo CGA, razão pela qual diz haver elevado potencial de danos ao meio ambiente caso a invasão perpetue.
A CEEE usava a área com o objetivo de florestamento de árvores para a fabricação de postes. No pedido de reintegração, a defesa da companhia alegou que após uma outra invasão sumiram do terreno 39 tambores cheios e lacrados contendo preservativo de madeira do tipo CGA, que causaria "potencial de danos ao meio ambiente caso a invasão perpetue".