O secretário-geral eleito da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, falou nesta segunda-feira (31), em Brasília, sobre a necessidade de promover uma reforma no Conselho de Segurança da ONU. Para ele, a composição precisa se adequar às mudanças impostas nas últimas décadas na política internacional.
“As Nações Unidas precisam de muitos aspectos da reforma, no sentido de ser uma organização mais eficaz, mais ligada aos tempos de hoje, e não aos tempos que correspondem à sua fundação”, disse Guterres depois de participar da abertura da conferência que marca os 20 anos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no Palácio do Itamaraty.
Hoje, o Conselho de Segurança é formado por cinco membros permanentes: Estados Unidos, França, Rússia, Reino Unido e China. A concentração de poder em cinco potências é alvo de críticas, bem como a resistência por mudança. Guterres admitiu que seu trabalho na ONU poderá fortalecer a busca pelo reconhecimento do português como língua oficial da ONU, mas destacou que a decisão depende da Assembleia Geral.
Até esta terça-feira (1º), chefes de Estado de nove países de língua portuguesa se reúnem na capital federal para celebrar os 20 anos da CPLP e discutir uma agenda de desenvolvimento sustentável até 2030. O Brasil assumirá a presidência do grupo pelo próximo biênio, sucedendo Timor-Leste.
Ao mesmo tempo, haverá a discussão sobre a Declaração de Brasília, que estabelece o plano de trabalho da organização para os próximos anos. O tema da conferência é a CPLP e a Agenda para Desenvolvimento Sustentável em 2030.
Além do Brasil, fazem parte da comunidade: Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste