O segundo semestre do ano sempre foi mais positivo para as empresas que fabricam máquinas agrícolas. Após a retração nas vendas, registrada na Expointer 2015, os agricultores voltam a comprar estes equipamentos de grande porte. Esta movimentação e aumento é influenciado pela valorização do preço das commodities, o valor do dólar ante ao real e devido à confiança no setor, que tem conseguido driblar a crise econômica.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas (Simers), Cláudio Bier, revela que até o fim da manhã desta sexta-feira (2) foram comercializados R$ 1,8 bilhão, superando o valor total de 2015 quando o volume de negócios totalizou R$ 1,690 bilhão.
A New Holland, por exemplo, acredita que haverá um aumento de 20% no volume de vendas comparando com o ano passado. O gerente comercial da empresa, Hilthon de Paula, acredita que o resultado será semelhante ao de 2014.
“O público está menor, mas quem vem ao stand vem para comprar”, comenta.
Para a John Deere, a tendência é de que os resultados sejam semelhantes aos registrados em 2015. Tratores e colheitadeiras são os produtos mais procurado.
“Este ano percebe-se a retomada dos negócios e acreditamos que nos dois próximos anos teremos resultados ainda melhores”, comenta o gerente regional de vendas da John Deere, Tangleder Lambrecht.
A opinião é compartilhada pelo diretor nacional de vendas da Massey Ferguson, Rodrigo Junqueira. Segundo ele, os agricultores estão mais animados com a previsão do efeito La Niña ser mais moderado. Para atrair os clientes, a empresa criou o programa Fuse, que consiste na reposição de peças, treinamento para otimizar o uso do maquinário.
“O índice de confiança no agronegócio, preços e boa colheita fazem com que o agricultor queira renovar ou ampliar seu maquinário”, afirma.
O gerente de vendas da Valtra, Luiz Cambuhy, comenta que desde o primeiro dia da Expointer foram fechados muitos negócios. Cabuhy acredita que até domingo o volume de negócios se equipare ao do ano passado ou registre crescimento.
“O agricultor procura tecnologia e está aproveitando o bom momento para o setor com um câmbio menos oscilante”, conta.
Bier acredita que até domingo, no encerramento da Expointer 2016, a venda de máquinas agrícolas chegue a R$ 2,1 bilhões