Uma testemunha de acusação prestou depoimento no Palácio da Justiça, em Porto Alegre, no processo que apura crime de estelionato praticado pelo atual presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio Grande do Sul. O conselheiro Marco Peixoto é réu em ação que tramita em segredo de Justiça no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e acompanhou a oitiva.
Conforme o Ministério Público Federal, o conselheiro mantinha funcionários fantasmas no gabinete na época em que foi deputado estadual em 2007. O delegado Thiago Delabary reafirmou que efetivamente os servidores estavam vinculados ao gabinete de Peixoto e eram mesmo "fantasmas", ou seja, que não compareciam ao trabalho, mas estavam na folha de pagamento.
Na saída do Palácio da Justiça, o conselheiro não quis falar com a reportagem da Rádio Gaúcha. Ele não tinha agenda oficial na quinta-feira.
A defesa de Peixoto tentou impedir o depoimento da testemunha, mas o ministro Luis Felipe Salomão negou o pedido.
"Como se pode verificar da mencionada determinação, na data designada, e no intuito de evitar-se eventual comparecimento desnecessário de testemunhas de defesa, que não poderão ser inquiridas antes da tomada dos depoimentos de todas as testemunhas arroladas pelo Ministério Público Federal, serão inquiridas, tão-somente, as testemunhas de acusação, o que, em absoluto, excluirá a inquirição, em data oportuna, e após a colheita da prova acusatória, das demais testemunhas arroladas pela defesa".
Marco Peixoto será interrogado ao final dos depoimentos das testemunhas.