O brasileiro Darlan Romani superou a sua própria marca na carreira durante a final do arremesso do peso, mas Olimpíada não é Troféu Brasil. Assim, o catarinense de Concórdia, 25 anos, despediu-se dos Jogos Rio 2016, na noite desta quinta-feira, com o novo recorde nacional, mas sem medalha, em um honroso e até surpreendente 5º lugar, acomodado entre os melhores do planeta.
O ouro foi para o favorito desde as classificatórias, o jovem norte-americano Ryan Crouser, 23 anos, que bateu o recorde olímpico, com 22m52cm. A prata foi para o seu compatriota Joe Kovacs (21m78cm). O bronze repousou no peito do neo-zelandês Tomas Walsh (21m36cm).
Desacostumado a ouvir o estádio o apoiando em peso, Romani curtiu a situação inusitada para ele. Meio sem jeito, até um pouco envergonhado, agradeceu a força das arquibancadas do Engenhão quando teve o nome anunciado e a imagem no telão mostrada.
Talvez nesse embalo, atingiu a sua melhor marca na prova logo no primeiro arremesso: 21m02cm. E foi com ela até o fim. Nos outros dois arremessos da primeira série, e também nos outros três da segunda série (são seis, valendo a maior distância), Darlan não conseguiu melhorar.
No seu caso, não tem do que reclamar. Superou as próprias expectativas e até o que se esperava dele. Pode se orgulhar de voltar para casa entre os cinco melhores deste ciclo olímpico em sua modalidade. Eram 12 atletas na final do arremesso do peso. Chegou à frente até do atual campeão mundial, o polonês Tomasz Majewski, que ficou em sexto lugar.