Uma reunião a nível ministerial em janeiro de 2016 pode selar o destino dos recursos que estavam previstos para a construção de um Centro de Convenções em Porto Alegre. Um termo de compromisso assinado em dezembro de 2013 entre a Prefeitura e o Governo Federal garantia o repasse de R$ 60 milhões da União ao município.
Com a crise neste ano, o governo federal anunciou que não destinaria recursos para obras que não começassem em 2015. Segundo a Secretaria de Turismo da Capital, a burocracia e o tempo de espera para respostas vindas dos Ministérios são os maiores entraves para tirar o projeto do papel no últimos dois anos.
Para a obra em Porto Alegre, por exemplo, a Caixa acreditava que um termo de referência ambiental era necessário, e foi convencida pelo Ministério do Turismo que não era essencial. Conforme o Secretário de Turismo da Capital, Luiz Fernando Moraes, tudo o que poderia ser feito pelo estado e pela prefeitura foi executado. A vinda dos recursos federais depende de uma defesa do Ministério do Turismo com a pasta da Fazenda.
"Diante da gravidade do quadro das finanças federais, é até provável que a verba não venha. A não ser que uma negociação do Ministério do Turismo tenha sucesso, em fazer com que a Fazenda compreenda que isso é investimento, não é despesa. Investimento tem retorno. Um Centro de Convenções significa ativar um setor econômico, e com isso da retorno, emprego e renda. Recursos que são captados com este novo equipamento", afirma Luiz Fernando Moraes.
A prefeitura de Porto Alegre e as autoridades gaúchas articularam politicamente esse aumento no prazo, até janeiro. Segundo o secretário, o Centro de Convenções continuará sendo uma das prioridades, e estuda-se outras fontes, como uma parceria público-privada.