As prefeituras de Uruguaiana e Quaraí, na Fronteira Oeste, decretaram situação de emergência nesta quarta-feira em razão da cheia no rio Uruguai e Quaraí. A Defesa Civil dos municípios concluiu balanço dos danos e reúne documentos para encaminhar ao órgão estadual. Outras cidades atingidos na região ainda estudam adotar medida.
No total, mais de 900 famílias já tiveram que sair de casa e o número deve crescer, segundo a Defesa Civil, já que o nível dos rios seguem subindo e a chuva persiste na região. Em Uruguaiana, são 250 famílias em casa de parentes e amigos ou abrigos. As lavouras de arroz também foram atingidas, mas ainda está sendo feito um balanço dos estragos.
Em Quaraí, o rio alcançou a média de 14,5 m nesta manhã. A média normal é de 7 metros. Dos 1,2 mil quilômetros de estrada que ligam o interior ao município, 700 terão que ser recuperados.
Ainda no interior, cabeceiras de pontes foram derrubadas a principal via de acesso, a estrada Quaraí Passo da Guarda, está totalmente bloqueada e 40 localidades do interior precisam fazer desvios para chegar até o Centro. A Defesa Civil estima que mais de 450 famílias tiveram que sair de suas residências e o balanço preliminar indica mais de R$ 3 milhões de prejuízos.
O município de Santana do Livramento ainda analisa se irá fazer um novo decreto ou se incluirá os danos dessa enchente em outro que já está em vigência, após o temporal de outubro. A cidade tem 150 famílias em casa de parentes ou em abrigos.
Em Barra do Quaraí a localidade de Passo da Cruz, banhada pelo rio Quaraí, foi a mais atingida. Muitas estradas que levam até o interior foram danificadas e estão bloqueadas. Até agora, 12 famílias já saíram de casa, mas a prefeitura acredita que o número irá subir durante a tarde, quando será feito um novo balanço no interior.
São Borja tem 60 famílias fora de casa em razão da cheia. Três estradas que ligam o interior ao município estão bloqueadas e é preciso utilizar desvios. O Cais do Porto da cidade está tomado pela água e os bares que ficam no local estão submersos. O executivo também não deve decretar situação de emergência, já que já há um decreto em vigência em razão do vendaval ocorrido em novembro.