Por Júnior Maicá - O Bairrista
Poucas coisas são mais tradicionais para o povo Gaúcho do que a família reunida na manhã de domingo, ouvido a Gaúcha, esperando o Gre-Nal com um churrasco.
Poucas coisas são mais costumeiras do que a voz do Pedro, ou para os mais vividos, do inesquecível Ranzolin, gritando gol no clássico, ecoando pelas arquibancadas lotadas de fanáticos torcedores que sabem a real dimensão do que aquele momento representa.
Ser Gaúcho é carregar nas costas uma série de histórias que nos habitam desde os tempos de criança. É ser piá e tomar chimarrão bem quente. E nesse caminhar nós vamos aprendendo a dar valor ao que é daqui. Não somente por ser onde vivemos, mas por entender que tudo aqui tem peso dobrado, como um gol fora de casa.
Não é ser bairrista afirmar que o Gre-Nal é o maior clássico do mundo. É só num Gre-Nal que vivemos 90 minutos a mil, num mix de agonia e prazer. É o Gre-Nal que determina o nosso humor nos próximos dias. É o clássico balizador. O denominador comum. Uma peleia. Das braba.
Alguns momentos históricos desse Clássico nas últimas 3 décadas é o que o Arquivo Gaúcha vai relembrar nesta véspera do Gre-Nal 408.