Centenas de militantes do PSB participam na manhã desta segunda-feira (18) de um reunião com Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos, em uma casa de eventos na zona norte do Recife (PE). No encontro, ela buscará reanimar a militância para garantir que todos estejam mobilizados após a morte do líder pernambucano.
Além disso, o encontro servirá para afastar a possibilidade de substituição do candidato ao governo de Pernambuco, Paulo Câmara, após a morte de Eduardo, que lhe dava sustentação política. Será a primeira fala pública de Renata, no dia em que ela faz aniversário e completa 47 anos.
Na chegada ao encontro, o presidente interino do diretório nacional do PSB, Roberto Amaral, detalhou como será a definição do vice de Marina Silva, que já é dada como certa para substituir Campos. "Não faremos nada antes de conversar com Renata e Marina. Depois, vamos fazer reuniões com líderes do nosso partido e os dirigentes dos cinco partidos que são aliados ".
O deputado federal do Rio Grande do Sul, Beto Albuquerque, é o nome mais cotado para a vaga, mas Amaral evitou comentar nomes, apenas traçou o perfil que é buscado. "Precisa ser um nome que represente o partido, que seja orgânico, que a militância se identifique. Quem vai dizer o melhor nome é a reunião da executiva nacional na quarta-feira", explicou.
Morte de Campos
O candidato à presidência da República Eduardo Campos, 49 anos, morreu em acidente aéreo na manhã no dia 13 de agosto, em Santos, no litoral de São Paulo. O jato particular onde o político estava caiu sobre uma área residencial e atingiu três casas. Outras seis pessoas morreram na tragédia.
De acordo com a Aeronáutica, a aeronave era um Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, que havia decolado do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o jato.
Nascido em Recife, em 10 de agosto de 1965, Eduardo Henrique Accioly Campos era economista. Em sua trajetória, foi secretário estadual, deputado federal, ministro da Ciência e Tecnologia e governador de Pernambuco por dois mandatos. Em abril deste ano, renunciou ao cargo para concorrer à Presidência, um ano após o seu partido, o PSB, romper com o governo Dilma.
Eduardo Campos era candidato pela coligação Unidos Pelo Brasil, que congregava seis partidos, tendo como vice a ex-senadora Marina Silva. Nas pesquisas, aparecia em terceiro lugar na disputa pelo Palácio do Planalto.
Campos era casado com a economista e auditora do Tribunal de Contas do Estado Renata Campos, com quem teve cinco filhos.