As buscas por restos mortais do candidato à Presidência Eduardo Campos e dos seis membros de sua comitiva, que morreram em um acidente aéreo na cidade de Santos, foram retomadas na manhã desta sexta-feira (15). Peritos e bombeiros procuram também destroços da aeronave, que caiu na manhã de quarta-feira, no bairro do Boqueirão, provocando a interdição de 13 imóveis. Desse total, dois continuam bloqueados, pois precisam passar por reforma – uma academia e um conjunto habitacional com 12 casas.
De acordo com o capitão dos Bombeiros Marcos Palumbo, as buscas estão concentradas na área de um bambuzal. A vegetação densa fica próximo ao ponto zero, forma como é chamado o local onde caiu a aeronave. Os bombeiros trabalharam durante a tarde e a noite de ontem apenas nessa área. Hoje, retomaram os trabalhos às 7h.
Segundo Palumbo, 12 bombeiros participam da busca, que não tem previsão de término.
Morte de Campos
O candidato à presidência da República Eduardo Campos, 49 anos, morreu em acidente aéreo na manhã no dia 13 de agosto, em Santos, no litoral de São Paulo. O jato particular onde o político estava caiu sobre uma área residencial e atingiu três casas. Outras seis pessoas morreram na tragédia.
De acordo com a Aeronáutica, a aeronave era um Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, que havia decolado do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o jato.
Nascido em Recife, em 10 de agosto de 1965, Eduardo Henrique Accioly Campos era economista. Em sua trajetória, foi secretário estadual, deputado federal, ministro da Ciência e Tecnologia e governador de Pernambuco por dois mandatos. Em abril deste ano, renunciou ao cargo para concorrer à Presidência, um ano após o seu partido, o PSB, romper com o governo Dilma.
Eduardo Campos era candidato pela coligação Unidos Pelo Brasil, que congregava seis partidos, tendo como vice a ex-senadora Marina Silva. Nas pesquisas, aparecia em terceiro lugar na disputa pelo Palácio do Planalto.
Campos era casado com a economista e auditora do Tribunal de Contas do Estado Renata Campos, com quem teve cinco filhos.