O presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Nilvo Silva, calculou nesta terça-feira (1º) entre três meses e um ano o período para liberar a obra de construção da nova ponte do Guaíba. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, ele disse que tudo irá depender se a construtora Queiroz Galvão, responsável pela obra, e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) partirão de um projeto anterior feito pela concessionária Concepa ou se irão apresentar um texto novo.
"Na melhor das hipóteses, o prazo mínimo é de três meses. Se o projeto começar da etapa zero, o tempo legal para a liberação da licença é de um ano", justificou.
Uma reunião na semana que vem entre Fepam e Dnit vai tratar do assunto. Silva ressaltou como vantagem o fato de a construtora ser a mesma que construiu a Rodovia do Parque, por já ter experiência na realocação de famílias desalojadas.
O presidente da Fepam acrescentou que o Dnit deve manter contato permanente com a Fepam para agilizar o processo de liberação ambiental.
Obra orçada em R$ 649 milhões
A presidente Dilma Rousseff assinou na segunda-feira o contrato para as obras na ponte e cobrou agilidade no início da construção. O governo vai pagar R$ 649,6 milhões pela obra. A segunda ponte sobre o Guaíba terá cerca de 7 quilômetros, incluindo acessos e elevados, e fará a ligação da Capital gaúcha com o interior do sul do Estado, passando pela Ilha do Pavão até a Ilha Grande dos Marinheiros, conectando rodovias de integração nacional.
A ligação também deverá desafogar o tráfego na região metropolitana de Porto Alegre. A expectativa, segundo o Ministério dos Transportes, é que 50 mil veículos utilizem a nova ponte diariamente.
A obra terá prazo de três anos para conclusão. A primeira medida do consórcio vencedor da licitação, junto com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), será o cadastramento das famílias que vivem em áreas a serem desocupadas para a construção da nova ponte.
Ouça a entrevista com o presidente da Fepam