Clientes da AES Sul vão pagar, em média, energia 29,5% mais cara a partir de 19 de abril. Na conta a ser paga em maio o impacto será proporcional aos dias cobrados com o novo índice. A direção da empresa alega dois motivos principais para um impacto que representa quatro vezes a inflação medida nos últimos 12 meses. O principal fator que impactou no índice foi a utilização de energia térmica, que tem custo de geração mais caro que o sistema de hidrelétricas. A utilização das usinas termelétricas foi necessária devido a queda no nível dos reservatórios de água em função da falta de chuvas. "Mais de 30% da energia distribuída pela AES SUL tem origem térmica e, por isso, o impacto do reajuste foi tão elevado", ponderou o diretor-geral da AES Sul, Antonio Carlos de Oliveira.
Ainda de acordo com a AES SUL, quase metade da tarifa paga pelo consumidor representa custo com a produção de energia. O outra metade é composta por custos de transmissão, distribuição e impostos. Outro motivo apresentado pela AES SUL é o reembolso dos custos com a compra de energia ao longo de 2013 a preços superiores ao fixados pelo governo. A tarifa média da AES SUL será a sexta maior entre as 14 empresas do país que já tiveram reajustes aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica.